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Resumo Etapa 21

A chegada dos heróis.

A etapa em que se celebram os vencedores deste Tour, e, no geral, todos aqueles que participaram e contribuíram para a magnitude deste evento, até foi bastante animada.

O vencedor do prémio da super combatividade (atribuído ao ciclista considerado como o mais combativo desta edição), Victor Campenaerts, honrou o galardão recebido e atacou, de forma simbólica, ao quilómetro 0, para, daí uns metros abrandar e ser reintegrado no pelotão.

A 70km da meta, havia um único ponto para a classificação de montanha, no qual Pedersen e Ciccone fingiram uma disputa muito bem-humorada.

Na verdade, só a 55km do término da etapa (e do Tour), já em Paris, é que houve ataques. Até lá, a corrida pautou-se pelo tom cerimonial e de celebração, como sempre. Fotos entre os quatros vencedores dos Maillots distintivos, de equipas, de amigos, etc.

São momentos bonitos.

O primeiro a atacar foi Alaphilippe, apanhado pouco depois. O ataque mais previsível foi de Pogacar, mas, a 48km do fim, não era, certamente, preenchido de intenção. Ainda tentou surpreender mais uma ou duas vezes, mas sem sucesso.

Tivemos inúmeros ataques, com o mais sólido a ser por intermédio de Simon Clarke, Nelson Oliveira e Frederik Frison, que durou cerca de 19km.

Estávamos, nesse momento, a 12km do fim.

Continuaram a existir tentativas, embora sem sucesso, e o posicionamento dos comboios, à entrada do túnel, a 2km da meta, ditava a Lidl-Trek como os protagonistas.

À entrada do quilómetro final, aparentemente sem grande motivo, era Pogacar a liderar o pelotão. A fase do lançamento foi antecipada, como costuma ser nos Campos Elísios, com Mathieu van der Poel a lançar Philipsen entre os 450m e os 200m, sensivelmente, em mais um lançamento de excelência, mas, Groenewegen, tentou antecipar-se, com Pedersen a seguir o mesmo guião, enquanto Philipsen e Meeus tentavam ultrapassar os rivais, cada um pelo seu lado, num fascinante sprint a 4, onde o vencedor foi um belga, no photo finish.

Embora, com alguma surpresa, não foi o Maillot Vert, mas o sprinter da BORA. Jordi Meeus leu a corrida na perfeição e aproveitou a roda de Mads Pedersen para vencer o campeonato mundial (não oficial) de sprinters.



Philipsen, ficou em 2º, por muito pouco, com Groenewegen em 3º e Pedersen em 4º.

Um final imprevisível, digno de um Tour entusiasmante.

Quanto às classificações, no Maillot Vert, Philipsen não deu hipóteses, ganhando com facilidade, seguido por Pedersen e Coquard. Neste capítulo, Girmay desiludiu, assim como a Uno-X que, apesar de estarem sempre junto dos melhores no quilómetro final, acabavam por vacilar no sprint em si. Nomeadamente, Kristoff, o que é compreensível tendo em conta os 36 anos que tem, porém, a equipa, exemplar em quase tudo, falhou neste ponto. Deviam ter tido mais confiança em Waerenskjold, que só teve oportunidade em Paris, como se fosse o passar da tocha, entre mestre e estudante.

Enquanto, no Maillot Blanc à Pois, foi duro, mas Ciccone quebrou o que tem sido habitual nos últimos anos (quem vence o Tour vence a classificação da montanha), sendo que, se não fosse o italiano, também não seria Vingegaard, que fez 3º neste departamento, mas sim Gall. O austríaco confirmou o que vinha a ‘ameaçar’ desde o ano passado, tornou-se num dos melhores trepadores do pelotão. Neste capítulo, importa destacar Powless, não sabemos é se pela positiva ou pela negativa. Esteve bem, amealhando muitos pontos no início do Tour, contudo, foi percetível, muito cedo, que, nas subidas mais exigentes, não conseguia estar ao nível dos restantes. Mas, pelo menos, lutou pela camisola que envergou e animou algumas etapas.

No Maillot Blanc, Pogacar venceu, como expectável, bateu a concorrência, aqui, Rodriguez (2º) e Gall (3º), foram os concorrentes diretos, e o espanhol merece destaque pela vitória que obteve, assim como pelo desempenho, no geral, e, em particular, desde que caiu e ficou ensanguentado, um guerreiro. Porém, nota para Skjelmose, que, começou bem, mas, perante a perda de tempo na etapa 6, e o nível demonstrado por Ciccone na luta pela classificação da montanha, acabou por ter de secundar os seus objetivos, em prol da equipa e do colega. Nesse aspeto, esteve tremendo. Dos melhores braços direito desta edição, e nenhuma classificação reflete isso.

Por fim, o tão desejado Maillot Jaune, voltou a ficar com Jonas Vingegaard, com um desempenho calculista. Algo que não é mau, de todo, para nós, foi a chave para nova vitória. Tadej Pogacar voltou a ser 2º, com o seu colega de equipa, Adam Yates, em 3º.

Mais uma lição da Jumbo-Visma.

E assim terminou mais uma edição (das melhores, certamente) do Tour de France.






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