A primeira prova de estrada desta época teve início no passado dia 12 e terminou a 14, na Austrália.
Tivemos o pelotão feminino como protagonistas, com três vitórias para três ciclistas diferentes e notícias muito positivas para qualquer adepto de ciclismo que acompanhe a vertente feminina.
1.ª ETAPA
Ora, no primeiro dia, com chegada prevista ao sprint, a recém coroada campeã australiana, Ruby Roseman-Gannon, já começava a procurar as bonificações, deixando claras as suas pretensões.
A disputa da vitória foi com meio pelotão, mas não houve ‘estragos’ significativos.
As duas equipas que se estavam a destacar na aproximação à meta foram a AG Insurance-Soudal Team e a Liv AlUla Jayco.
A Liv abriu o sprint, através da campeã australiana, com um lançamento perfeito para Georgia Baker, mas foi a neozelandesa, Ally Wollaston, a contornar a rival e a celebrar o primeiro triunfo da época. Na disputa do sprint, estiveram Sofia Bertizzolo (3.ª) e Gladys Verhulst-Wild (5.ª), com Kristyna Burlová (4.ª) a aproximar se nos metros finais.
A vitória foi incontestável de uma ciclista que, na nossa ótica, ainda é muito ‘esquecida’ para o valor que tem.
2.ª ETAPA
No dia seguinte, mais duro, chegou um pelotão reduzido, com a garantia de que teríamos nova líder, dado que a subida final foi feita a um ritmo alto, muito devido à Lidl-Trek, e era expectável que Wollaston ficasse para trás.
A vitória foi ao sprint, com Cecilie Uttrup Ludwig a destruir a concorrência, nomeadamente, Soraya Paladin (2.ª) e Sofia Bertizzolo (3.ª).
A dinamarquesa passava, assim, para a liderança da prova quando só faltava uma etapa.
A mítica Willunga Hill.
3.º ETAPA
No último dia, os fogos de artifício ficaram guardados para a subida final, mesmo que tenha havido ameaças de ventos cruzados (Sarah Gigante foi, a certo ponto , apanhada em contrapé, mas conseguiu recuperar, com muito esforço) e sprints bonificados.
A australiana, acima mencionada, era uma das favoritas, tendo em conta que detinha o QOM da subida em questão, e foi a primeira atacar, a 2,8km do topo, depois de a Lidl-Trek ter imposto um ritmo duro até esse ponto.
Uttrup Ludwig seguiu, imediatamente, a sua roda, e foi se formando uma fila atrás de si. Pouco a pouco, foram cedendo, enquanto Gigante impunha o seu ritmo.
Depois de 500m feitos a um grande ritmo, já não sobrava ninguém atrás da ciclista da AG Insurance. E assim foi até à meta, levando a etapa e a CG do Santos Tour Down Under.
Esperemos que seja um bom sinal para o resto da época. Das ciclistas mais talentosas no pelotão internacional.
Cecilie, não conseguindo acompanhar o ritmo, cedeu para Nienke Vinke, que alcançou um óptimo 2.º posto.
A dinamarquesa, por sua vez, afundou se até ao 14.º lugar.
Depois de uma jovem de 23 anos vencer a etapa, outra de 19 ficar logo atrás, só podia ser mais uma jovem a fechar o pódio, com Neve Bradbury a superar Amanda Spratt pela 3.ª posição.
O pódio da classificação geral ficou definido pela chegada na última etapa.
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