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Resumo Etapa 20

A última oportunidade para fazer diferenças, sendo que, ao que tudo indicava, os pontos de interesse seriam a luta pela vitória de etapa em si, a disputa pelo Maillot Blanc à Pois e eventuais alterações no top10.

A Lotto mostrou que queria mexer com a corrida, atacou assim que foi dada a partida, com três elementos, mas, dos quais, só Campenaerts e De Buyst (depois de trabalhar, acabou por ficar para trás) se isolaram, dado que, o outro membro, abrandou logo depois, não seguindo com os seus colegas.

A fase inicial foi bastante simples, com a Lidl-Trek a ter uma estratégia bem delineada. Impuseram o ritmo que queriam, perseguiram os rivais que atacaram (como Nelson Oliveira, mais tarde,) e lideraram o pelotão subida acima, com Mads Pedersen e Skjelmose a lançarem, na perfeição, Ciccone. Um pormenor interessante foi a colocação de Vingegaard, 5ª roda neste momento, atrás de van Baarle. Durante um bocado pareceu que o Maillot Jaune ia tentar contestar os pontos da montanha, e, consciente dessa possibilidade, Pedersen, que estava a ficar para trás no pelotão, sprintou para retirar o ponto remanescente ao seu conterrâneo. Uma tática perfeita pela Lidl-Trek.

A partir daí, começaram os ataques. Inclusive, houve cortes, com Vingegaard na frente e Pogacar atrás, com a UAE a perseguir.

A 99km do fim, Carlos Rodriguez teve uma queda violenta numa descida, ficando com o braço e a cara ensanguentados. O espanhol, na Vuelta 2022, estava a grande nível e também ficou bastante afetado por uma queda, e, mesmo assim, defendeu-se extremamente bem, segurando um lugar no top10.

Menos de 5km depois, registou-se uma queda de Sepp Kuss, que ficou visivelmente condicionado, com marcas nos mesmos locais do que Rodriguez, mas não só.

A fuga só se efetivou a 62km do fim, com 10 elementos, dos quais, Barguil, Pinot, Pidcock, Madouas e Ciccone. O italiano celebrou a conquista do Maillot Blanc à Pois, aquando da passagem no Col de la Schlucht, em grande estilo. Uma conquista justa para um grande trepador.

Perante a pressão da UAE no pelotão, Pinot atacou, e seguiu sozinho, a 31,1km do fim. Daí a 10km, o seu colega de equipa, Gaudu, 10º na Geral, no momento, caiu na descida e não contou com muito auxílio para reentrar no grupo principal.

O francês da Groupama foi apanhado, primeiramente, por Pidcock e Barguil, e, pouco depois, por Pogacar, Vingegaard e Gall.

O esloveno tinha atacado a menos de 6km do topo (e 14km do fim), seguido pelo dinamarquês. Perante a relutância do mesmo em trabalhar com o rival, Pogacar abrandou, o que permitiu que Gall se aproximasse e tentasse ultrapassar o duo. O Maillot Jaune respondeu, mas, até ao fim da subida, foi mesmo o austríaco a meter ritmo.

Entretanto, no grupo do resto dos favoritos, destacaram-se os irmãos Yates, que fizeram a ponte para o trio da frente, isto quando faltavam 5km para a meta. Adam assumiu o papel de gregário, liderou o grupo até à meta, onde, sem surpresas, Pogacar respondeu bem a uma tentativa de Vingegaard e ultrapassou-o, conquistando a 20ª etapa do Tour de France 2023.

As táticas de Vingegaard foram estranhas para alguém que tinha 7’35’’ de vantagem e que, segundo o próprio, queria vencer a etapa.

Podia ter arriscado, não quis. Mesmo quando Gall passa por ele e Pogi, o dinamarquês marca, de imediato, o austríaco. Sabendo das intenções do esloveno, podia, perfeitamente, ter obrigado o mesmo a responder a Gall e, depois, atacá-lo. Levar para o sprint não era recomendável.

Mesmo na parte plana e com descidas, mal colaborou com Gall, permitindo a reentrada dos irmãos Yates.

Porém, há outros nomes a evidenciar, como Kuss. Debateu-se, mas acabou por perder o seu 9º lugar, passando a 12º. Gaudu, apesar da queda, subiu um lugar, beneficiando do azar do americano. Pinot e Martin também subiram um lugar cada com o homem da Cofidis a fechar o top10.

A última troca prende-se com Simon Yates que subiu a 4º, com Rodriguez (soberbo, um verdadeiro guerreiro, é a 2ª GV em que debela as mazelas físicas evidentes e impressionantes, para fazer top10), onde Pidcock também contribuiu um pouco na parte final da etapa. Bilbao perdeu a hipótese de chegar ao 5º lugar por 10’’.

Destaque ainda para Tobias H.J., fez 9º na etapa (7º do pelotão), mas sem integrar a fuga. Andou sempre com os melhores.


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