Um dos dias mais interessantes de seguir, do princípio ao fim. Foi como ver uma verdadeira clássica.
Foram cerca de 57km de ataques iniciais (inclusive, Sagan, que é sempre positivo de ver), cortes no pelotão, e muita indefinição.
Entre os 58 e os 60km, parecia que o pelotão se tinha contentado com o desenrolar dos acontecimento, no entanto, a Israel foi a primeira equipa a querer inverter a situação, prontamente auxiliados pela EF e a Uno-X. Equipas como a Alpecin, Groupama e a INEOS também tinham falhado a fuga, mas não estavam muito interessados em trabalhar.
Na frente, estava um grupo de 9 elementos, nomeadamente, Benoot, Trentin, Alaphilippe, Haig, Politt, Pedersen, Zimmermann, Barguil e Campenaerts.
O alemão, Politt, teve uma avaria mecânica e ficou para trás.
Atrás, a pressão nunca parou, e, no sprint intermédio, a 75km do fim, o pelotão estava a 38’’, com um grupo a aproveitar esse momento para se isolar, patrocinado por MvdP e Philipsen, mas no qual constavam Groenewegen, Waerenskjold, Tiller, Strong, Battiol, Laporte, Pidcock, Asgreen, Meeus, Wright, O’Connor, entre outros.
Este seria o grupo que viria a disputar a vitória. O pelotão ainda tentou reaproximar-se, através da Intermarché, mas, rapidamente, viram que não valia a pena.
Na subida categorizada final, a 31,7km da meta, Asgreen, com Campenaerts na frente (Clarke estava com o belga, mas tinha ficado para trás 1km antes), atacou, seguido apenas por Mohoric e O’Connor.
No topo, o trio tinha deixado Campenaerts para trás, e, no grupo perseguidor, surgiam vários ataques, contudo, todos inconsequentes.
As equipas com mais do que um elemento, como a Alpecin, Israel (Strong caiu na descida) e Uno-X, deviam ter feito melhor.
Durante a descida, Laporte isolou-se com MvdP, que se recusou a colaborar com o francês, mas, um pouco depois, seguiu a movimentação de Trentin e Bettiol, onde já passou na frente.
A 14km do fim, o grupo perseguidor já contava com Laporte, Pidcock, Pedersen, Philipsen, Zimmermann e Mezgec, além dos três mencionados que iniciaram a movimentação.
Era evidente que ia ser quase impossível fecharem a vantagem do trio fugitivo, e, pior que isso, para os perseguidores, a vantagem ia aumentando.
Mesmo perante dois adversários com um sprint bastante superior, O’Connor não se coibiu em passar na frente, até aos 700m finais. Colocou-se na roda de Mohoric, Asgreen liderava, ganhou espaço para ‘embalar’, e tentou a sua sorte a cerca de 400m da linha, com Asgreen a não fazer cerimónia e a seguir o australiano, foi quase como um lançamento, iniciando o seu sprint assim que chegou perto do homem da AG2R, enquanto Mohoric seguiu como pôde e saiu da roda do vencedor da etapa 18 nos últimos metros para conseguir uma vitória por meros centímetros, sendo necessário ir ao photo finish para confirmar o resultado.
Foi um triunfo muito especial para o esloveno, com uma entrevista pós etapa bastante emocionada. É importante relembrar que Mohoric era próximo de Gino Mader, colega de equipa que faleceu no passado Tour de Suisse.
O pelotão chegou a 13’43’’, sem alterações de relevo.
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