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Resumo da Etapa 18

Um dia que prometia ser traiçoeiro, no entanto, a Alpecin, a Jayco e a DSM deixaram as suas intenções bastante claras: iam trabalhar para que terminasse ao sprint.

Antes da partida, soube-se da desistência, há muito anunciada, de Wout van Aert, para estar com a mulher aquando do nascimento do seu filho, que está para breve. O canivete suíço da Bélgica e da Jumbo, retira-se sem vitórias neste Tour, mas com um contributo importante para Jonas Vingegaard, o provável vencedor do Maillot Jaune.

Destacaram-se Asgreen, Campenaerts e Abrahamsen no início da etapa, sem resposta de mais nenhuma equipa, principalmente, devido ao bloqueio feito pelas equipas citadas.

Nunca tiveram muito mais de 1’ de vantagem, e, à entrada de Côte de Boissieu, houve movimentações, por parte de Eenkhoorn (uma das vezes, marcado agressivamente por Philipsen), Wright e Pacher, mas não só.

A 67km do fim, Eeenkhoorn conseguiu arrancar do pelotão, sozinho, integrando a fuga 9km depois.

Esse controlo teve um grande impacto na equipas principais (às já mencionadas, notar que a BORA e a Lidl-Trek também já tinham começado a colaborar), e, a 25/30km, notavam-se as dificuldades no pelotão, que pioraram quando Alaphilippe e Declercq, em particular o francês, serviram como desestabilizadores à perseguição. Estavam sempre perto da frente, perturbando as rendições no pelotão e quebrando o seu ritmo.

Na frente, o quarteto fazia um trabalho de luxo, qual contrarrelógio por equipas e tornava a sua captura menos provável.

A Intermarché só surgiu, para contribuir, nos últimos 7km, e por alguns segundos apenas.

À entrada do último quilómetro, com Campenaerts a liderar, tinham 8’’ de vantagem. O ritmo do belga era tão alto que os fugitivos conseguiram ter uma almofada confortável o suficiente para se controlarem uns segundos antes de sprintarem.

Asgreen lançou o sprint, a 200m da meta, no mesmo sítio onde Pedersen tentou 4’’ depois, sendo que foi o dinamarquês da Soudal-Quick Step a levar a melhor sobre toda a gente.

Para completar o pódio, Eenkhoorn fez 2º e Abrahamsen 3º, com o pelotão a chegar (Philipsen 4º e Pedersen 5º) a menos de 1’’ depois.

Foi no limite, mas confirmou-se a perigosidade destas fugas em etapas tardias das GV.

A Intermarché falhou, assim como a Astana (embora se tenham mostrado no fim) e a Arkéa, porém, o conjunto belga tinha mais obrigação em trabalhar, perante as expectativas existentes com Girmay, e nunca auxiliaram as outras equipas a perseguir com o intuito de, no fim, terem um comboio mais fresco. Correu mal, não serve de nada ter o comboio para ganhar, se deixarem a fuga ganhar.

Contudo, nada retira o mérito aos fugitivos do dia. Excelente cooperação entre todos e, acima de tudo, muita capacidade de sofrimento. Por muito frustrante que seja perder, principalmente, estando tão perto da vitória, percebe-se que, pelas reações na meta e pelas entrevistas pós-etapa, que qualquer um deles ficou contente pelo esforço não ter sido em vão. Grande desempenho de todos e novo pódio para a Uno-X. A equipa nórdica continua a brilhar.



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