Num dia em que se esperavam ‘fogos-de-artifício’, tivemos novo sprint.
Nenhuma equipa teve vontade de partir a corrida, nem deixar os puros sprinters em dificuldades, pelo que não podemos deixar de achar que uma etapa tão interessante se tornou num dia ‘banal’.
Houve muito interesse pela fuga, vários tentaram, incluindo os favoritos, como Pedersen, Alaphilippe, Rui Costa, Wright, Cort Nielsen, Kwiato, etc.
Contudo, os fugitivos foram Turgis, Declercq e Delaplace.
Por isto, pouco ou nada aconteceu até à queda que vitimou Mark Cavendish e tirou o britânico do Tour.
É uma pena vermos o co-recordista de vitórias de etapa no Tour a desistir desta maneira, quando tentava isolar-se na liderança desta estatística, e na última época da carreira. É daquelas notícias que estraga o dia a qualquer fã de ciclismo.
A 37km do fim, Asgreen atacou e tentou fazer a ponte para a frente, onde estava o seu colega, mas o pelotão nunca lhe deu muita margem, trazendo-o de volta 15km depois.
O ritmo não era violento, mas era suficiente para ‘despachar’ nomes como Meeus, Welsford e Jakobsen, por exemplo.
Turgis, o último fugitivo, foi apanhado a 8,2km do fim.
A partir daí, vimos alguns ataques e cortes, mas, uma vez mais, não surtiu efeitos.
Simon Yates, Landa (mesmo que já, relativamente, afastado na CG), Ruben, Cras (teve de abandonar e estava a fazer um grande Tour) e Vermeersch caíram a 6,5km, não regressando ao pelotão, resultando, para o caso do britânico, em perda de 47’’ para os candidatos ao top10.
No sprint, mais um dia de excelente trabalho, por parte da Alpecin e da Trek. Claramente as equipas que mais queriam a vitória, é mais confiavam nos seus sprinters.
Laporte tentou entregar Wout van Aert na melhor posição, mas a inteligência de van der Poel sobrepôs-se, aproveitando o espaço deixado pelo francês para avançar, bloqueando WvA, assim como Laporte. Por um lado vinha Pedersen, a lançar o sprint de longe, e, por outro, vinha MvdP a todo o gás para lançar Philipsen, não dando espaço a Laporte de recuar sem perturbar o sprint do seu colega.
Philipsen tentou superar Pedersen, mas o dinamarquês tinha força a mais, brilhante neste tipo de chegadas e bateu, pela primeira vez este ano, o Maillot Vert.
Wout van Aert fez 3.º, batendo, em cima da linha, um Groenewegen ‘fora’ do seu elemento.
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