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Resumo da Etapa 17

O dia da Etapa Rainha prometia surpresas e cumpriu.

Primeiramente, dar nota da desistência de Bauhaus no decorrer da etapa.

Para começar, tivemos, como era previsível, muitas movimentações. Entre os nomes que tentavam a sua sorte, destacavam se Powless, Ciccone, Gall e Alaphilippe, mas não só.

Ao quilómetro 16, sensivelmente, Pogacar caiu, mas parecia ter ficado bem.

A Jumbo abrandou um pouco o ritmo que tinha adotado desde o início do dia, assim como no resto das etapas mais complicadas, mas, assim que Pogacar regressou, as ‘abelhas’ voltaram a carregar.

Poucos quilómetros depois, Powless a mostrar que não está na melhor forma, depois de começar bem o Tour, sendo descarregado da fuga e do pelotão.

Com a fuga em vias de estar formada, Benoot aumentou o ritmo, e partiu completamente o pelotão (só seguiam Vingegaard, Pogacar, Kuss, Kelderman, Yates, Soler e Grossschartner). Colaram na fuga e obrigaram a INEOS a fechar o espaço o mais depressa possível (grande trabalho de Bernal), sendo que este grupo só tinha 7 elementos.

Apesar de apanharem a fuga, a Jumbo não assumiu a frente do grupo, dando a ideia que o objetivo era colocar Kuss e outro ciclista na fuga, tanto pela CG do americano, como pela função de corredor satélite que podiam exercer. Nota que, no momento em que há esta movimentação da equipa holandesa, estavam nomes como S. Yates e Gall entre os escapados, o que ameaçava a posição do americano, e Majka, que podia ser uma arma da UAE em caso de ataque de Pogacar, enquanto a Jumbo não tinha ninguém na fuga.

O grupo de fugitivos ficou definido a 112km do fim, com 34 elementos, onde constavam Ciccone, Alaphilippe, Rui Costa, Gaudu, Pinot, Madouas, Bilbao, Haig, Skjelmose, O’Connor, Gall, Martin, S. Yates e Tobias. Um conjunto de ciclistas de topo, o que poderia tornar muito complicada a captura dos mesmos pelos favoritos do pelotão.

No entanto, havia quatro nomes muito relevantes nesta fuga, nomeadamente, Soler e Majka pela UAE e Kelderman e Benoot pela Jumbo. Os holandeses, nesse campo, pareciam ter a vantagem.

Atrás, a equipa do líder não desarmava, impunham um ritmo alto que mantinha a fuga em xeque.

Até estarmos a 55km do fim, nada se alterou, porém, nesse momento, e face à ameaça de Bilbao ao lugar de Rodriguez na CG, a INEOS passou para a frente do pelotão.

Ambos os grupos estavam cada vez mais reduzidos (surpreendentemente, MvdP mantinha-se no pelotão, acabando por desligar numa zona de falso plano que antecedia a subida final).

A subida mais dura do Tour, Col de la Loze, foi selecionando os mais fortes de cada grupo. No grupo 1, Haig, Harper e O’Connor sacrificavam-se pelos seus líderes, Bilbao, S. Yates e Gall, respetivamente. Palavra de apreço pelas exibições fantásticas de Haig, O’Connor, Harper e Skjelmose (este, para Ciccone pontuar na montanha), dado que assumiram as responsabilidades da fuga quase ‘sozinhos’ e cada um dos seus líderes cumpriram os seus objetivos. Trabalho de equipa ao melhor nível. Que luxo.

No grupo 2, não era a Jumbo a trabalhar, mas sim a INEOS.

Neste braço de ferro, os gregários de luxo da fuga iam ganhando segundos importantes.

As coisas começaram a aquecer a sério na segunda parte da subida.

A cerca de 16km do fim, e 9km do topo, houver troca na frente do pelotão, com Kwiato a assumir o lugar de Castroviejo, que tinha acabado o seu trabalho.

A aceleração do polaco ditou, claramente, o que viria a acontecer. Pogacar abria o pára-quedas. Numa questão de metros, após a entrada do antigo campeão do mundo da equipa britânica, o esloveno abriu a camisola e perdeu posições no grupo.

A partir daí, foi em queda livre até à meta, sempre com o auxílio de Soler.

Kuss acelerou, embora tivesse abrandado substancialmente para, na nossa opinião, confirmar se era quebra física ou avaria do rival. Assim que entenderam que o Maillot Blanc tinha ficado ‘vazio’, iniciaram a destruição do que restava.

Na frente, Harper seguia com S. Yates, Majka e Gall.

Mais atrás, Tobias isolado, com Gaudu, Bilbao e Kelderman juntos.

No ‘pelotão’ de 7 elementos, Zimmermann era a surpresa. Sobravam, além da dupla da Jumbo, A. Yates, Kwiato, Rodriguez e Hindley.

Gall atacou a 6,4km do topo, 13km da meta, e teve um confronto direto com S. Yates até ao fim, com as diferenças a manterem-se, quase sempre, entre os 15’’ e os 20’’.

Benoot esperou pelos companheiros, assumiu a frente assim que se juntou ao grupo, distanciando, rapidamente, os INEOS, Hindley e Kuss.

O último sobrevivente, A. Yates, também perdeu o contacto, 1km depois, o que, poucos metros depois, suscitou o ataque de Vingegaard.

O dinamarquês ia de ‘mota’, apanhando Kelderman, que lhe deu mais uma ajuda. Por falar em motas, voltaram a ter impacto, dado que, a 2,5km do topo, numa curva apertada, a conjugação de motas, carros e pessoas, fez com que a estrada ficasse bloqueada, prejudicando o Maillot Jaune e Kelderman.

Pouco antes, por motivos semelhantes, Bilbao socou, ou deu um palmadão, num indivíduo (certamente não será adepto da modalidade, perante o total desrespeito que demonstrou para com os ciclistas), porque lhe bloqueou a passagem de forma perigosa.

Esse percalço pode ter quebrado o ritmo de Jonas, que já não apanhou Gall nem S. Yates.

Apanhou, antes da contagem de montanha, Bilbao e Gaudu (fizeram a subida juntos), que se conseguiram manter com o líder da corrida, pese embora o francês ter sofrido bastante para o conseguir.

Até ao fim, na luta pela etapa, o austríaco geriu bem o esforço, impossibilitando a reaproximação do britânico, levando a vitória de forma convincente perante um conjunto de trepadores de elite que estavam nessa fuga.

O último lugar do pódio foi para Bilbao, ganhou 14’’ sobre Vingegaard na inclinação final para a meta. Gaudu vinha com a dupla supramencionada, mas acabou a perder 31’’ em 250m.

Tobias Halland Johannessen fez, novamente, um top10, foi 6.º desta vez. Chris Harper foi 7.º, fantástica exibição.

Majka (8.º) auxiliou A. Yates (9.º) na luta contra Rodriguez (15.º).

Pogacar (22.º), o verdadeiro derrotado do dia, perdeu 5’45’’ para Vingegaard.

Na classificação geral, as maiores alterações são a subida de S. Yates de 8.º a 5.º, assim como Bilbao, de 7.º a 6.º, e Gall, de 10.º a 8.º.

Jai Hindley passou de 5.º a 7.º, enquanto Kuss deixou de ser 6.º e é agora 9.º, mas, o mais curioso é a situação de Gaudu. Foi para a fuga, ganhou tempo a quase toda a gente, mas desceu de 9.º a 10.º.



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