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Resumo da 9ª Etapa

Atualizado: 10 de jul. de 2023

Não foi a luta que esperávamos, mas não deixou de ser um dia cheio de emoção. Pelo menos na subida final.

Em primeiro lugar, a fuga. Guerreiro caiu ontem, com S. Yates, como se sabe, e, aparentemente, estava pouco confortável, pelo que não o vimos a tentar a sua sorte na fuga.

Por mais bizarro que pareça, a fuga formou-se no primeiro quilómetro.

14 ciclistas, entre os quais Latour, Lutsenko, Woods, Jorgenson, Mohoric e Powless, partiram, e, atrás, houve um ‘bloqueio’, constrangendo novas tentativas.

Geschke, Tobias H.J., Skjelmose, e mesmo Guerreiro, tentaram, mas foram prontamente anulados.

Estava, por isso, formada a fuga.

Além das habituais contagens de montanha, só houve emoção a partir dos últimos 63km, com ataques de vários elementos (a vantagem para o pelotão rondava, nesta altura, os 11’44’’). As movimentações tornaram-se eficazes a 47,8km, num ataque muito inteligente de Jorgenson (seguiu a solo até ao fim da etapa), e, a cerca de 35km, um quarteto, com De La Cruz, Powless, Mohoric e Burgaudeau, também se fixou na perseguição ao americano da Movistar.

Mesmo assim, o resto da fuga não se rendeu e continuou à procura da frente da corrida, nomeadamente, a Israel, com Boivin a trabalhar para Woods. A 23km do fim, terminava a aventura de De La Cruz no grupo da frente, devido a avaria.

Importa referir que os primeiros 4km eram duros (médias a passar os 7%), sendo sucedidos por mais 4kms ´rápidos’, estilo falso plano, e, por fim, 4,6km bastante difíceis (médias superiores a 12%).

No início da subida final, Jorgenson tinha uma vantagem de 1’01’’ para o trio perseguidor, 1’45’’ (chegou a superar os 2’15’’) para o resto da fuga e 16’08’’ para o pelotão.

Na segunda parte da subida, a mais dura, era visível que o americano estava desconfortável e em esforço, assim como toda a gente, exceto uma, Michael Woods. O canadiano foi recuperando tempo para a frente, eliminando vários ciclistas com ‘facilidade’, encostando-se ao combativo do dia quando restavam menos de 500m para a meta, e partiu para a vitória 50m depois.

A quebra do ciclista da Movistar foi grande ao ponto de ser ultrapassado por Latour (2º) e Mohoric (3º), este em cima da linha. Enormes desempenhos, principalmente do esloveno, dado que não era, de todo, previsível este registo numa subida tão dura.

Quanto ao pelotão, a entrada na subida foi intensa, como se previa, criando alguns cortes, nos quais Jonas não foi apanhado, mas estava mal posicionado. A Jumbo impôs o ritmo na mesma, mostrando que estava tudo controlado. A principal preocupação dos gregários, neste momento, era refrescar os seus líderes perante as altas temperaturas que se faziam sentir.

Dylan van Baarle era o homem em funções, passando a batuta, temporariamente, a Wout van Aert, que, por sua vez, deixou Kelderman meter ritmo no fim da parte mais dura do início da subida, partindo o pelotão.

A 7km do fim, era van Aert que voltava para a frente, com um ritmo bastante alto. Quando parou, foi a vez de Soler fazer algum trabalho, embora pouco, dado que, algumas centenas de metros depois (talvez 200), voltou Kelderman, antes da marca dos 5km finais.

Não durou muito até ser o momento de Kuss, que, ainda antes de alcançar as percentagens mais elevadas, arrasou o grupo a 8 elementos. Além de si e do seu líder, Vingegaard, e Pogacar, aguentavam A. Yates (rapidamente perdeu o contacto), C. Rodriguez, Pidcock, S. Yates e Hindley (também viria a descolar).

O americano da Jumbo fez o que conseguiu até estar a 2km da meta, altura em que o grupo ficou a entreolhar-se, permitindo que Hindley e A. Yates se aproximassem.

S. Yates foi o primeiro a tentar a sua sorte, rapidamente respondido por Pogacar, seguido por Vingegaard e os dois INEOS. Estranho, neste ponto, Pidcock não ter puxado para auxiliar Rodriguez na luta para o pódio contra Hindley.

A 1,5km, Tadej atacou, só com resposta de Jonas, distanciando-se do rival ao fim de 100m, no que foi uma luta fantástica até à meta, dado que o Maillot Jaune ficou para trás, mas não quebrou. Foi aguentando a diferença até à meta, perdendo apenas 8’’, mas é uma mini-vitória de Pogacar que, em três confrontos diretos, venceu duas vezes, embora, em ambas as vezes tenha ganho apenas um conjunto de segundos face ao que o adversário conquistou no dia em que o quebrou, mais de 1’.

Na luta pelo pódio, S. Yates distanciou Rodriguez (9’’ para o britânico), mas não Pidcock, que chegou consigo, enquanto A. Yates perdeu 16’’ para o irmão, e Hindley limitou as perdas, apenas 23’’ para o melhor dos mortais.

O Tour está cada vez mais quente.


MICHAEL WOODS WINS STAGE 9 TOUR DE FRANCE


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