Resumo da 8ª Etapa
- João Pedro Silva
- 13 de mai. de 2023
- 2 min de leitura
O separar (inicial) das águas.
Era previsível que o início da etapa fosse caótico, devido ao facto de terem uma dificuldade logo dentro dos primeiros 10km e à grande probabilidade de a fuga vingar. Dito e feito. Demorou cerca de 80kms até se formar, com um grande trabalho de Healy, Verona, Skujins, Gee, Paret-Peintre (o irmão, Valentin), atrás seguiam Battistella, Bidard, Bais (o irmão do vencedor da etapa 7), Tonelli, Lacchi e Zana, com Barguil a conseguir fazer a ponte para o grupo intermédio, e Riesebeek a juntar-se, também a solo, quando os grupos já estavam unidos.
A história passa a interessar nos últimos 50km, quando, na frente, Healy atacou, sem dar hipótese ao resto da fuga que, com quis reagir, não encontrou a coordenação necessária, vendo o tempo a oscilar entre 1’30’’ e 2’.
Atrás, no pelotão, o ritmo, nas subidas, foi sempre muito elevado, abrandando na zona plana, o que permitiu que a vantagem da fuga fosse aumentando gradualmente.
A BORA foi a primeira a tomar a iniciativa, mas rapidamente secundada pela Jumbo e INEOS, principalmente a equipa holandesa, com os favoritos a muito bom nível e perto uns dos outros. Excelente o trabalho das equipas dos principais favoritos, a protegerem os seus líderes.
Na última subida, a BORA voltou a assumir a frente da corrida, provocando pequenos cortes no pelotão, com a UAE a ser prejudicada. Roglic atacou, seguido por Leknessund e Kamna, com Evenepoel mal colocado, Almeida a ter de recuperar muitas posições (má colocação característica) e a INEOS, com Thomas e TGH, a irem de menos a mais.
Kamna primeiro e Leknessund a seguir, rebentaram, por sua vez, Remco parecia que ia fechar o espaço e vacilou. No topo, TGH encostou em Roglic, com G a juntar-se no início da descida, enquanto Almeida seguiu com Remco e Caruso. Durante a descida, os britânicos não auxiliaram o esloveno, só nos últimos 700/800 metros da etapa, atrás deste trio, o grupo do campeão do mundo teve a entrada de Vine, Haig, Sivakov e Dunbar.
Na meta, celebrava Healy, com Derek Gee, Zana e Barguil a chegarem, nesta ordem, ao fim (1’49’’).
Os primeiros favoritos, Tao, Thomas e Roglic, chegaram a 4’34’’, enquanto Vine sprintou para reduzir a distância para os adversários, chegando, esse conjunto, a 4’48’’, perdendo, portanto, 14’’.
Carthy perdeu 24’’ para o líder da Jumbo, enquanto Kamna, Vlasov, Leknessund, Buitrago e De Plus demoraram mais 34’’.
No fim, as contas ainda colocavam Leknessund como líder da geral, por 0’08’’. Almeida foi ultrapassado por Roglic (0’02’’ de diferença), e vê a dupla da INEOS a aproximar-se.
Amanhã teremos mais uma etapa que fará diferenças na CG.


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