Temos Grand Slam!
Na 6ª etapa do Giro tivemos uma grande surpresa, que foi positiva para todos os intervenientes, não houve chuva! Previa-se uma tempestade (com rumores de trovoada), mas acabou por ser um dia bastante solarengo.
Apesar das várias quedas do dia anterior, não houve desistências, felizmente.
A fuga foi iniciada pelo experiente De Marchi (Jayco AlUla), ao qual se uniu Gavazzi (EOLO-Kometa). Daí a uns quilómetros vir-se-iam a juntar Delettre (Cofidis), Quarterman (Corratec) e, um dos homens que procura completar o Grand Slam, Simon Clarke (Israel-Premier Tech).
Verre lançou-se ao ataque, tentando fechar o espaço, mas não viria a ser bem-sucedido.
No pelotão, surpreendentemente, ninguém tentou aumentar o ritmo na 2ª categoria, apesar de a descida ainda estar escorregadia, as condições climatéricas eram favoráveis. A Trek e a Alpecin poderiam ter esse interesse, mas abstiveram-se de o fazer e a Jayco apostou na fuga, facilitando a vida aos sprinters.
Estranhamente, a INEOS pegou na corrida na última fase da subida, se calhar para não permitir que Remco fosse confortável, mas, se o objetivo fosse esse, deveriam tê-lo feito mais cedo, pelo que, esta postura, não foi muito compreensível. Posteriormente, voltaram a fazer o mesmo, mas seria para entrar bem na descida e gerir essa parte.
A 67km do fim, Clarke atacou e só De Marchi conseguiu seguir. Os três companheiros de fuga que ficaram para trás foram apanhados a 50km da meta.
Como dissemos na antevisão, este cenário podia acontecer, o braço de ferro entre pelotão e fuga, mas esperávamos que a fuga tivesse mais um ou dois elementos, de forma a que a fuga pudesse vingar. Todavia, os dois veteranos deram luta, tornando a missão do pelotão quase impossível. Aliás, parecia mesmo que era impossível recuperar os dois fugitivos, mas, a 17km, a INEOS decide ajudar na perseguição, baixando o tempo entre os dois grupos, e, logo depois, Roglic tem um furo. O pelotão seguia a alta velocidade, mas o esloveno, com a ajuda da sua equipa, encostou outra vez. Logo depois, foi a vez de Geraint Thomas, que demorou mais um pouco, mas também conseguiu regressar.
Assim que a INEOS assegurou que Thomas estava de regresso, foram para a frente do pelotão e tiraram tempo crucial aos dois da frente, não se entendeu bem o porquê, mas isso condenou, parcialmente, a fuga que, depois, facilitou o trabalho dos perseguidores, ao abrandarem no último quilómetro.
A 300 metros, estavam virtualmente apanhados, Gaviria lançou o sprint, como tem sido a sua imagem de marca, apenas para ser apanhado e batido na meta por Mads Pedersen, que atinge o Grand Slam em menos de um ano (impressionante). Foi um grande sprint, de um atleta excecional e histórico.
Em segundo ficou Milan (importante para a luta pelos pontos) e em terceiro Ackermann (muito bons sinais esta semana).
Na CG nada se altera.
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