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Resumo da 5ª Etapa

O caos reina em mais uma chegada ao sprint.


Os riscos do início da etapa não se fizeram notar (exceto na forma canina), mas os Deuses do ciclismo guardaram tudo para os últimos 7kms.

O que se previa ser um início de etapa parcialmente duro, acabou por ser pacífica. Uma chuvada substancial tirou a vontade das equipas em arriscar, poucas quiseram figurar na frente, apenas Cofidis, Bardiani e Corratec foram para a fuga, e o ritmo foi calmo.

Havia alguma tensão e nervosismo dentro do pelotão, a fuga formou-se rapidamente, com elementos pouco, ou nada, perigosos, tanto para a etapa como para a CG.

Com 19kms percorridos, a ansiedade aumentou, o que permitiu que a fuga se solidificasse, quando um cão entrou na estrada, aproximou-se dos ciclistas e provocou a queda de Ballerini que, em efeito dominó, levou a que Evenepoel também fosse parar ao chão (não há imagens da queda, só do pós). Ao início antevia-se algo mais grave, pelo tempo que o campeão do mundo esteve sentado no chão, com várias pessoas à volta (nomeadamente, a própria equipa, que foi diligente), mas, rapidamente, se percebeu que estava bem, aparentemente, tal como o seu companheiro de equipa e o cão, a principal figura da jornada.

Até final, o principal interesse foi o ataque de Zoccarato, a 25km do fim, depois do último sprint intermédio, quando a fuga estava virtualmente apanhada. A 15km ainda tinha 1’04’’ de vantagem, aos 10km cifrava-se nos 33’’, sendo apanhado nos últimos 7km.

Um pouco antes de o pelotão anular a fuga, o mesmo partiu-se devido a uma queda numa curva à direita (a última do dia). O elemento que caiu estava algures nos 20 primeiros, o que significa que poucos foram os que evitaram o corte. Os principais prejudicados desta queda, para o sprint, tanto quanto se sabe, foram Ackermann e Gaviria, que se viram a braços com problemas mecânicos e não voltaram à frente.

Um dos felizardos foi Remco Evenepoel, que, tendo a equipa toda na frente, tentou tirar proveito da situação, mas, estranhamente, a INEOS, que também fora beneficiada pelas circunstâncias, e as equipas dos sprinters como a Bahrain, que levava o seu sprinter e elementos de trabalho no grupo da frente.

Ao não auxiliarem a Quickstep (que também não foi ‘a fundo’), viram o regresso de Groves a 3km da meta, assim como do Maglia Rosa, Roglic, Almeida, Haig, Caruso, Buitrago, Vlasov, Arensman, Carthy, entre outros.

Assim que se deu a junção dos dois grupos, começaram a formar se os comboios, no meio da confusão, com uma grande dose de perigo e era evidente que iria haver nova queda pelo pânico instalado no pelotão.

600 metros depois da união dos grupos, Remco olha para a esquerda e movimenta-se para a direita no momento em que um homem da Trek estava a passar, provocando uma colisão e nova queda. Desta vez estavam albergados pela regra dos 3km finais, evitando que houvesse cortes de tempo para os prejudicados por este novo tombo coletivo.

No chão via-se Remco e Vlasov, mas quase todos os candidatos à geral ficaram retidos, o que criou um grupo com tempos muito confusos, com alguns ciclistas com o mesmo tempo do vencedor e outros com o tempo de atraso com que chegaram à meta, tudo no mesmo grupo. Isto porque, no caso dos que caíram dentros dos 3km finais, estavam protegidos pela norma, enquanto outros, como Vine, ficaram presos na primeira queda, não conseguindo recuperar a tempo, e não estavam, por isso, salvaguardados pelos 3km finais, no entanto, devido ao trambolhão de Evenepoel, chegaram juntos.

No sprint final, dominou Groves (o regressado), batendo Milan e um Pedersen, aparentemente, exausto. Atrás deles, nova queda. Cavendish viu a sua roda traseira a deslizar nas linhas brancas do pavimento, ia perdendo o controlo, recuperou, tentou reposicionar-se (erradamente, na nossa opinião, dado que o sprint estava lançado) o que fez com que embatesse num Dainese a alta velocidade que tentava subir no grupo, embora numa trajetória arriscada. O resultado foi o relegar do italiano para o último lugar do grupo. O campeão britânico, por sua vez, embateu em Fiorelli e caiu com uma pirueta artística, passando a meta, a deslizar, no 5º posto, entretanto subiu com a penalização a Dainese. O homem da Bardiani, aguentou-se, com a ajuda das barreiras, equilibrando-se muito bem e manteve-se de pé para terminar em 8º (que passou a sétimo).

Resultado das quedas, Vendrame ficou maltratado, Cavendish e Dekker parecem estar bem, Remco está com um hematoma no lado direito do corpo e dores, havia suspeita de uma lesão mais grave, mas não se confirmou. Os próximos dias vão custar.


Esperamos que todos os afetados estejam bem, e, aqueles que ficaram fisicamente afetados, tenham uma boa recuperação.







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