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Resumo da 4ª Etapa

A 4ª etapa caracterizou-se por duas coisas: poupança física e caos na chegada.

Perante a etapa que vem a seguir, montanhosa, e a etapa em curso, que, claramente, iria terminar ao sprint, não houve interesse de nenhuma equipa em integrar a fuga, pelo menos até ao sprint intermédio, dado que, após o mesmo, surgiu uma dupla em fuga, Cosnefroy e Delaplace, que durou 65km.

Durante a etapa, perante a tranquilidade do pelotão foi interessante ver certas dinâmicas, como Cavendish a abraçar Alaphilippe, Van Aert à conversa com Philipsen e, depois, Van der Poel que, por sua vez, também esteve a falar com Pidcock. São meras curiosidades, mas é bonito de se ver, principalmente numa etapa tão aborrecida como a de hoje.

Quanto ao que interessa, o pelotão agitou-se a 7km do fim, aceleraram para se posicionarem na entrada da rotunda (onde Sam Welsford foi pelo caminho errado), e seguiram a grande ritmo (muito pela ausência de intensidade durante o dia) até entrarem no circuito, a 2,5km da meta, aí, o caos era evidente.

Dominava a Jumbo, mas sem Wout à vista, o objetivo, neste momento, era proteger Jonas. A maioria dos sprinters estavam bem posicionados, contudo, o ritmo de Mohoric esticava o pelotão quase todo. A 1,7km, Jakobsen vai ao chão, ficou com o seu lado direito em sangue e o quadro da bicicleta partido, nesse momento, Vingegaard seguia na roda de Mohoric, que terminou o seu trabalho, e o caos impôs-se.

Não havia quem pegasse na corrida, a Cofidis só tinha Renard para auxiliar Coquard, Zingle estava a tentar subir no grupo, mas assumiu a responsabilidade.

À passagem da bandeira encarnada, a Cofidis liderava, com Alaphilippe na roda (parecia que ia tentar a sua sorte com um ataque tardio), e a Uno-X em excelente posição.

Wout van Aert, Girmay, Groenewegen e Philipsen estavam mal posicionados, Van Aert era o que estava pior, alargou muito a curva e perdeu velocidade, isto na entrada da reta da meta, momento esse onde surgiu nova queda, envolvendo membros da Bahrain, Arkéa e Astana.

Waerenskjold arrancou, para lançar Kristoff, enquanto Stuyven preparava-se para deixar Mads em boa posição, mas, a mais de 400m e com vento frontal, era má ideia arrancar tão cedo.

Do nada, surgiu MvdP a afastar Girmay com o ombro, pareceu legal, com Philipsen na roda, e que não concedeu a posição de luxo a ninguém, a alta velocidade, deixando todo o pelotão para trás, com o belga a arrancar a pouco mais de 100m do fim, conseguindo a segunda vitória em dois sprints.

Nota para outra queda, desta feita foram Waerenskjold e Zingle, devido à distração do gigante norueguês.

Tem-se debatido a legalidade do encosto de Mathieu a Bini, mas, o lançamento em si, foi brilhante, num momento em que parecia que a Alpecin não ia regressar à frente, o holandês fez um sprint fortíssimo, entregando a vitória numa autêntica bandeja ao colega de equipa.

Claramente um dos melhores lançamentos dos últimos tempos, na verdade, MvdP tem se mostrado um mestre nesta arte.

Curioso verificar que o pódio é o mesmo do dia anterior, desta feita Ewan, por pouco, faz 2º, belo sprint, e Bauhaus 3º.

O vencedor do dia, Philipsen, declarou que é mais difícil segurar a roda de Mathieu do que o sprint em si, mostra bem a potência do seu lançador de luxo e justifica o ar exausto com que chega à meta.

O dia não foi particularmente interessante, mas valeu pelo caos dos últimos quilómetros, com a infelicidade das quedas a estragarem um pouco o espetáculo.



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