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Resumo da 3ª Etapa

Atualizado: 27 de mai. de 2023


Caiu, mas subiu.


A etapa foi previsível, mas nem por isso deixou de ser interessante.

Começou a 40km da meta, com um ritmo bastante alto da Trek-Segafredo e da Jayco AlUla a partir da base da primeira montanha (3ª categoria), ao ponto de parecer que Mads Pedersen pediu à sua equipa para refrear um pouco.

O primeiro ciclista de relevo, para a etapa, que se viu a ficar para trás foi o britânico Jake Stewart, por avaria mecânica, infelizmente, dado que é um sprinter que se dá bem com estas dificuldades. Na repetição do momento em que Stewart estava a ser ajudado pelo seu carro, viu-se que Gaviria, Ballerini e Cavendish já tinham ficado para trás. De seguida, o portador da Maglia Ciclamino, representante dos pontos, ficou para trás. Até aqui tudo normal, e os sprinters foram sendo afastados, como esperado.

Notou-se que o ritmo era elevado quando Bettiol e Cort Nielsen foram descarregados pelo ritmo de Zana, perto do fim da subida, onde, momentos depois, surgiram Pinot e Buitrago na luta pelos pontos da montanha, vencidos pelo francês.

Kuss teve um problema mecânico entre a 3ª e a 4ª categoria e não voltou a entrar no grupo.

A subida que se seguiu também foi feita a um ritmo elevado, mas apenas pela Jayco, Matthews prometia. O grupo atrás circulava a 48 segundos, mas também não viriam a reentrar.

Perto do topo, o ritmo dos australianos compensou, ao deixarem Pedersen (e McNulty) em dificuldades, obrigando a que toda a sua equipa descesse, enquanto, na frente, Pinot pontuava para a montanha outra vez, sendo o líder da classificação no dia seguinte. Pedersen, e os seus companheiros, não estavam longe e, no início da descida arriscaram um pouco mais (o pelotão abrandou perante a perigosidade da descida), o que lhes permitiu encostar de novo.

Quem nunca descolou, que se soubesse, foi Kaden Groves, uma grande afirmação da forma em que está e o crescimento que teve neste tipo de etapas, em que já era forte.

A 15km da meta, a transmissão mostrava Almeida para trás, com McNulty (o americano foi expedito no auxílio ao líder), e, aqui importa um pouco de conhecimento e atenção ao detalhe, pois, embora os comentadores portugueses dissessem que o João não tinha caído, a verdade é que, pela marca do lado esquerdo do equipamento e a falta dos seus óculos sugeriam que, de facto, tivesse caído (o que se confirmou pelas declarações no fim da etapa, e que pode ser perigoso para a etapa seguinte, principalmente, porque foi no osso e a anca é o que mais o incomoda, o que numa etapa tão dura não é positivo, muito menos com frio). Além disto, foi dito que toda a equipa desceu, incluindo Vine, e, com uma análise rápida dava para perceber que os ciclistas que estavam com João eram o já mencionado McNulty, Ulissi (sofreu a acompanhar o ritmo da descida) e Formolo. Com isto não criticamos o facto de Vine não ter descido, antes pelo contrário, era parvo se o fizesse, dada a hierarquia da equipa e o momento da corrida, foi a decisão acertada, nem criticamos os comentadores, dado que nem sempre é possível ter a mesma perspetiva que em casa, apenas fazemos questão de clarificar esses dois pontos.

Os homens da UAE fizeram um excelente trabalho e trouxeram João de volta ao pelotão, em segurança, a 10km da meta. Logo de seguida, houve um sprint intermédio bonificado com Remco a levar 3 segundos e Roglic levou 2.

Apesar do ritmo não ser alto na descida, a aproximação à meta foi bastante rápida, e técnica, o que não deu espaço a ataques, tornando claro que se ia decidir ao sprint.

A Trek passou para a frente no penúltimo quilómetro, e a colocação mostrou-se fundamental, dado que, à entrada para os últimos 800 metros, já ninguém passou os homens que estavam na frente, e que iriam disputar a etapa, naturalmente: Pedersen, Matthews, Groves, Albanese e Oldani.

Matthews foi o primeiro a lançar, a partir da roda de Mads, com Oldani, ao seu lado, a tentar trazer Groves, desencadeando a resposta de Albanese e do dinamarquês, mas, assim que assumiu a dianteira, já ninguém o ultrapapssou. Pedersen ainda deu a ideia que podia conseguir, mas um subtil desvio do homem da Jayco (dentro das legalidades) impossibilitou a ultrapassagem.

Surpreendentemente, não houve cortes nesta chegada, sendo as únicas alterações na geral, o aumento de 3 segundos para a vantagem de Remco face a todos, menos a Roglic, aí só aumenta 1 segundo, e, quanto ao esloveno, reduz a desvantagem para Almeida de 14 para 12 segundos e aumenta a vantagem para os restantes por 2 segundos e subiu ao terceiro posto (ganhou duas posições). Por sua vez, fruto do atraso de Ganna, o português subiu ao segundo lugar.


Por isso, podemos dizer, caiu, levou mais três segundos e ainda subiu.



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