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Resumo 5ª etapa

A chegada aos Pirenéus não desiludiu.

É complicado resumir um dia tão intenso quanto o que tivemos hoje, porém, vamos tentar.

O dia começou intenso, como se previa, com luta pela fuga, enquanto, no fundo do pelotão, era visível o sofrimento de Jakobsen, devido à queda do dia anterior.

Ao fim de 31km, sensivelmente, criou-se uma fuga com 36 elementos, alguns deles altamente perigosos para a CG, nomeadamente, Hindley, Buchmann e Ciccone, todos os outros não representavam uma ameaça aos líderes (fruto da sua qualidade, Tejada, ou tempo perdido, Haig/Martinez/Gall, por exemplo). Absurdo terem concedido tanta liberdade a um perigo real que é o australiano.

A maioria dos fugitivos eram nomes fortes para disputar a etapa e, por isso, predispuseram-se a colaborar com os outros. Neste grupo, figuravam 3 homens da Jumbo (Wout van Aert, Laporte e Benoot) e 2 da Emirates (Grossschartner e Soler). A UAE foi a primeira a ‘ceder’, perante a ameaça de Hindley, principalmente, e impôs o ritmo durante quase todo o trajeto.

Na fuga, várias movimentações foram eliminando alguns elementos, e, no final da subida de categoria especial, liderava Felix Gall, isolado, perseguido por um grupo composto por Martinez e Ciccone (ambos lutaram por pontos da montanha) e o duo da Bora, Buchmann e Hindley, assim como Neilands.

A poucos segundos, seguiam Haig, Jorgenson, Madouas, Urán e Fraile.

Surpreendentemente, Martinez ganhou alguma distância na descida, mas sem grandes efeitos, sendo reintegrado no grupo pouco depois.

Benoot ajudou Van Aert e, por arrasto, Muhlberger, a encostarem na frente e, pouco depois, Alaphilippe, Chaves e Berthet também se integraram no grupo.

Wout van Aert, Alaphilippe e Neilands animaram depois da descida, ganhando uma vantagem simpática, mas anulada na subida.

A 23km do fim, Gall e Hindley destacam-se dos demais, com Ciccone e Buchmann logo atrás, e Haig e Martinez a perder a roda dos adversários.

O ritmo do pelotão seguia intenso, pela mão da UAE, passando, a Jumbo, para a frente, quando estavam, mais ou menos, a 3km do topo. Essa aceleração curta de Sepp Kuss dizimou mais de metade do grupo, com Wout, que tinha levantado o pé da fuga, a fazer uma passagem muito forte pela frente do grupo.

Assim que o belga terminou, voltou o americano para a frente, que reduziu o grupo a quatro elementos (além dele, só Vinge, Pogi e Carlos Rodriguez), rapidamente vimos o espanhol a dizer adeus ao grupo, enquanto, na frente da corrida, Hindley atacava o colega de fuga e se destacava com facilidade.

Vingegaard atacou, a cerca de 1km do topo, sem resposta do rival, nem o colega, Benoot, o conseguiu ajudar. Apanhou todos os fugitivos, exceto Hindley e Gall (foi apanhado na descida), deixando Pogacar em claras dificuldades, de forma surpreendente. No topo, 36’’ separavam os dois.

O esloveno não conseguia reduzir a diferença, com Kuss e Madouas ‘a reboque’, abrandou para ser integrado no grupo que seguia atrás, com o seu colega de equipa e Maillot Jaune, Adam Yates, o irmão do mesmo, Simon Yates, Skjelmose, Rodriguez e Gaudu.

Jai Hindley venceu a etapa e vai vestir o Maillot Jaune, Ciccone ganhou o sprint pelo 2º lugar, batendo Gall e Buchmann, a 32’’, enquanto Vingegaard perdeu 34’’ para o australiano.

Skjelmose liderou os favoritos pela meta, a 1’38’’.

Foi interessante ver as exibições de WvA e Alaphilippe, muito esforçados.

Como derrotados, além de Pogacar, Ben O’Connor voltou a perder tempo, mas menos (1’57’’), acompanhado por Pidcock, Bardet e Pinot, entre outros. Guillaume Martin tem desiludido para quem esteve em tão boa forma no Dauphiné, chegando a 2’55’’, com Bilbao, Landa, Meintjes e Kelderman. Bernal chegou a 3’21’’, mas sem surpresa.

A surpresa, negativa, quanto a Pogacar advém do facto de não ser o tipo de subida onde se previsse que perdesse tempo para Jonas, pelo menos tanto tempo. Foi preocupante, pois, se perde contacto com o maior rival aqui, como irá lidar em montanhas mais difíceis? Pode ter sido um dia menos positivo, fruto da sua preparação pouco ideal, mas terá de ‘sacar’ um coelho da cartola para dar a volta à CG. Mas, se alguém é capaz, é o esloveno.

Grande exibição de Hindley e de Vingegaard, principalmente o dinamarquês.






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