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Preview Etapa 20 Tour de France

A última etapa onde, supostamente, devem existir alterações na CG.

É uma etapa curta, 134km, mas muito exigente.

Nos primeiros 23,5km enfrentam uma 2ª categoria, excelente para lançar a fuga, com 11,5km a 5,3% (Ballon d’Alsace).

A partir daí, têm uma zona plana, com uma ligeira descida, que conduz a outra 2ª categoria, 5,2km a 7,1% (Col de la Croix de Moinats), cuja descida leva os ciclistas à última 2ª categoria do dia (e do Tour, na verdade), com 3,2km a 7,9% (Col de Grosse Pierre).

Depois de algum ‘sobe e desce’, iniciam uma 3ª categoria ao quilómetro 75, com 4,2km a 5,1% (Col de la Schlucht).

A descida desta montanha é muito longa, cerca de 18 quilómetros, e dá início à parte mais dura da etapa.

São duas 1ª categorias sucessivas, a primeira inicia-se a 35km do fim, com 9,3km a 8,1% (Petit Ballon), seguida de, a 16km da meta, 7,1km a 8,4% (Col du Platzerwasel).

Porém, as dificuldades não terminam aí, com duas colinas seguidas, embora curtas, parecem exigentes, principalmente para quem esteja ‘vazio’, ou perto disso, neste momento.

Daqui até à meta, o perfil é tendencialmente descendente, com uma ligeira inclinação ascendente dentro do quilómetro final.

Quanto à etapa, se os tempos entre Pogacar e Vingegaard fossem mais próximos, seria seguro dizer que o esloveno, caso se encontrasse bem, iria atacar e, quiçá, surpreender. No entanto, mesmo que tal aconteça, já não representa o mesmo risco para o dinamarquês. O que não quer dizer que, caso haja ataque, o Maillot Jaune não responda imediatamente.

Sendo o último dia e estando a vitória praticamente assegurada, não será descabido apostar numa vitória de Vingegaard. Pogacar também essa intenção, como ele disse no fim da etapa 17, não quer é dizer que tenha as pernas para o fazer.

A luta pelo pódio também está interessante, mesmo que A. Yates tenha vantagem, não é sólida o suficiente para se conformar, e, Rodriguez, S. Yates e Bilbao (os eventuais candidatos ao 3º posto) estão, entre si, também muito próximos. Sem descartar Hindley, que, no seu dia, é dos melhores trepadores do pelotão e pode recuperar tempo importante com uma tática à BORA (veja-se a etapa 5, que lhe rendeu o Maillot Jaune no início do Tour, assim como a etapa 14 do Giro 2022).

Será um dia que, quem estiver bem, vai ter de tentar o que conseguir, seja entrar no top10, top5 ou pódio. Sem falar da vitória de etapa em si.

A fuga terá hipótese, neste Tour já se provou que as táticas são importantes, mas as pernas são mais. Se a Jumbo e a UAE não conseguirem controlar a formação da fuga, poderão ter muito trabalho para trazer todos os escapados de volta, enquanto, mesmo que controlem a fuga, podem não ter elementos necessários para garantir a vitória do pelotão.

Por isso, nomes (quase) certos para a fuga, serão Ciccone (é o dia decisivo na luta pelo Maillot Blanc à Pois) e Pinot (a última etapa de montanha no seu último Tour, era mágico vê-lo vencer).

Outras hipóteses altamente prováveis, Tobias, Alaphilippe, Martin, Pidcock, Zimmermann, Gall (outro candidato real à classificação da montanha, mas, estando bem colocado na CG, será complicado integrar a fuga, mas não impossível), Kwiato, Woods, Skjelmose, Haig, O’Connor, Landa ou Kuss (vamos ver se terá liberdade para subir na CG e tentar a etapa, pernas para isso aparenta ter).

Em suma, não será, de todo, descabido ver ciclistas do top10 a integrarem a fuga, vermos movimentações de longe ou mesmo surpresas na CG final.

No fundo, quem tiver pernas tem de tentar surpreender, não haverá outra oportunidade para tal, portanto, poupar energia não vai servir de nada.

O mais provável é vermos a Jumbo a manter o seu ritmo avassalador para tentar dar a Vingegaard a vitória que escapou na etapa 17, ou mesmo a UAE, se Pogacar se sentir bem e acreditar que Jonas não o distancia na subida final (ou antes, mas seria invulgar).

Todavia, para nós, seria maravilhoso ver Pinot a vencer a sua última etapa de montanha no seu último Tour. Um ciclista com muito caráter, icónico e dos mais marcantes desta geração. Vai deixar muitas saudades ver os seus ataques e a sua personalidade honesta e humana (nunca foi muito preocupado com o ‘media training’, sempre se pautou por reações sinceras), por isso, gostaríamos de o ver triunfar nesta 20ª etapa. A espinha que ficou presa pela lesão no Tour 2019 ainda não saiu, assim como os acontecimentos do Tour 2020, que impossibilitaram que o francês voltasse a atingir o seu nível. Allez, Thibaut Pinot!


Por isso, como favoritos:

1- Vingegaard, Pogacar, Pinot

2- Ciccone, Gall, Rodriguez, A. Yates, Martin, Kuss, Landa, Tobias

3- S. Yates, Woods, Haig, Bilbao, Hindley, Gaudu, O’Connor, Pidcock, Kwiato, Skjelmose




 
 
 

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