Está cada vez mais difícil fazer previsões acertadas, devido à forma ‘louca’ com que se tem corrido neste Tour, com especial patrocínio da Jumbo-Visma. Os dois favoritos, Vingegaard e Pogacar, não têm problemas em saltar para fugas e causar o caos logo no início, mas, neste dia, é suposto ser um pouco mais calmo que os anteriores.
Bom, o início é propício a roladores, mais complicado para os trepadores, pois, até aos 78km, sensivelmente, o terreno é praticamente sempre plano, excetuando uma ligeira descida, mas pouco influenciará.
Quando chegarem ao quilómetro 78, iniciarão a primeira subida do dia, não categorizada, com 7,9km a 4,7% (Hauteville-Lompnes). Ainda vão percorrer 9km com alguma dureza, iniciando a longa descida aos 95km.
Após a descida terão uma zona plana e iniciam a subida final aos 119km.
A subida é a famosa montanha Gran Colombier, com 17,4km a 7,2%. Há várias secções acima dos 9%, nomeadamente, as últimas centenas de metros são a 10%. Entre o quilómetro 7 e 8 da subida vão ter uma parte com um falso plano (média de 2,9 e 4,5%). Mais perto do topo, a 4km do fim, terão uma percentagem de apenas 0,6% e, antes dos 10% finais, terão de lidar com 6% de média.
Não é uma subida normal, é das subidas mais exigentes do Tour e, para vencer, ou não rebentar, vai ser preciso estar num excelente dia.
Neste tipo de percurso, é mais provável vermos roladores como Cavagna e Campenaerts, por exemplo, a destacarem-se, enquanto puros trepadores, como Martin e Meintjes, vão ter mais problemas, fruto do começo completamente plano. Portanto, prevê-se uma fuga com mais roladores do que trepadores, o que pode ser benéfico para Skjelmose ou Jorgenson, bons trepadores que andam bem no plano e, assim sendo, podem usufruir de uma boa margem de tempo à entrada da subida final e ganhar.
Por outro lado, os homens da geral vão querer fazer diferenças (principalmente o duo na liderança) e, porventura, a etapa.
Na nossa opinião, vamos ter Pogacar ou Vingegaard a levar a vitória. Se for a fuga, terá de ser um trepador de topo, como Pinot ou Martinez. O colombiano, se estiver num dia ‘normal’, e integrar a fuga, é candidato a vencer. Capaz de trepar com os melhores e longe o suficiente na CG para não ser ameaça a ninguém.
Favoritos:
⭐⭐⭐⭐⭐Pogacar, Vingegaard, Martinez
⭐⭐⭐⭐Hindley, Rodriguez, Yates (x2), Kuss, Ciccone, Guerreiro
⭐⭐⭐Pidcock, Bilbao, Gall, Skjelmose, Haig, Jorgenson, Tobias, Pinot
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