Preview Etapa 12 do Tour de France
- João Pedro Silva
- 12 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de jul. de 2023
Neste dia é esperado que a fuga vingue.
Tem um início entusiasmante, nos primeiros 10,5km, há uma subida não categorizada de 4,3km a 3,4% (Montagny), seguindo-se uma 3ª categoria, com 4,4km a 5,6% (Côte de Thizy-les-Bourgs) e nova 3ª categoria, de 2km a 5,9% (Col des Ecorbans). Tudo isto nos 38km iniciais.
Após isto, terão uma zona com algum descanso, mas interessante para novos ataques, caso a fuga ainda não esteja definitivamente fechada.
Pouco depois, enfrentam duas subidas sucessivas, que, embora não categorizadas, podem ser uma boa oportunidade para fazer diferenças, principalmente na descida que se inicia ao quilómetro 63.
A partir do quilómetro 75,5, há uma secção de 12,5km de constantes altos e baixos, terminando na última 3ª categoria, com 5,2km a 6% (Col de la Casse Froide). A 9km do topo, iniciam uma 2ª categoria, com 5,5km a 6,2% (Col de la Croix Montmain), com uma descida técnica até à dificuldade final (categorizada), 2ª categoria, com 5,4km a 7,7% (Col de la Croix Rosier).
Até à meta, desse topo, ficam a faltar 28,5km, quase sempre a descer, com várias partes planas, enquanto, a única parte mais dura tem 1,7km a 5,1% (Brouilly), e situa-se a 13,5km do fim. Este pode ser o momento determinante da etapa, lugar ideal para ataques decisivos.
Antes de uma etapa importante para a CG, não é previsível que queiram perseguir a fuga e é demasiado duro para os sprinters, portanto, as equipas vão tentar poupar-se.
Entre os candidatos, há um nome que merece particular atenção, van der Poel, e não é pelos melhores motivos. O holandês teve dois dias difíceis, por doença, e, apesar do percurso ser interessante para si, no Tour é necessário estar perto do topo de forma para conseguir fazer diferenças e bater os melhores, pelo que, na nossa opinião, devemos vê-lo com uma postura mais calma nesta jornada.
Pode ainda acontecer que o pelotão adote um ritmo tão calmo que permita manter nomes como Philipsen e, nesse caso, as equipas interessadas persigam e haja um sprint de grupo ou vitória a partir de um ataque tardio vindo do pelotão, porém, não é provável.
Wout van Aert pode ter liberdade para tentar vencer a etapa, mas terá de ser a partir da fuga, sendo que, nesse caso, é o grande favorito a ganhar.
Nomes como Bilbao e Pidcock eram ideais para vencer, caso não integrassem o top10, mas, além destes, podemos considerar Kwiato, Ruben, Jorgenson, Madouas, Martinez, Barguil, Zimmermann ou Rui Costa, entre outros, mas os maiores favoritos, além de Wout, serão Skjelmose, Alaphilippe, Tobias e Mohoric.
O francês e o esloveno podem não ser trepadores tão fortes como os nórdicos em questão, mas são dos melhores do pelotão a descer e altamente experientes. No entanto, estes quatro levam alguma vantagem por já terem mostrado boa forma, vontade de disputar vitórias e características importantes para este percurso.
Favoritos:
⭐⭐⭐⭐⭐ Mohoric, van Aert, Alaphilippe
⭐⭐⭐⭐ Tobias, van der Poel, Skjelmose, Zimmerman, Pedersen, Kwiato, Aranburu
⭐⭐⭐ Cort, Wright, Cosnefroy, Clarke, Lafay, Konrad, Costa, Madouas, Latour, Martinez

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