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Preview Etapa 10 do Tour de France

Depois do 1º dia de descanso do Tour de France, vamos começar a 2ª semana com um percurso que tem tudo para ser caótico.

As primeiras nove etapas dividiram-se muito entre sprint e etapas importantes para geral e, neste dia, podemos ter um meio termo, que era expectável ter acontecido algumas vezes até então, na qual a fuga vinga, sem alterações de maior à geral.

Isto porque, perante o perfil apresentado, os homens candidatos à fuga, poderão ter particular interesse, pois, se efetivamente cair para esse grupo restrito, a vitória estará sempre em aberto e poderá ser para qualquer um dos integrantes. Não será o melhor trepador, não será o melhor sprinter, será aquele que jogar as melhores cartas taticamente, há margem para táticas ousadas. Porém, a abordagem do pelotão tem sido muito especifica (CG ou sprint), pelo que, perante a inexistência de dificuldades que justifiquem movimentações de homens do top10, presume-se que possa cair para a fuga. Parece um dia demasiado duro para uma chegada ao sprint, pelo menos sprinters puros, e nomes como Girmay e van Aert, por exemplo, têm boas hipóteses. Não parece, todavia, um dia duro o suficiente para haver alterações no top10, mas, perante 9 dias intensos, e um de descanso, não será surpresa se alguém sofrer com o primeiro dia de regresso, principalmente com um início que se prevê explosivo.

O princípio da etapa é promissor, com 6,5km sempre a subir, sendo que, nesse troço há uma 3ª categoria, com 4,8km a 4,8% (Col De La Moreno), após, descida com nova elevação e, ao quilómetro 19, outra 3ª categoria, desta feita 7,8km a 5% (Col De Guéry), no fim da descida o terreno mantém-se acidentado, com poucas zonas planas.

Perto dos 55km, os ciclistas tornam a subir, iniciando, entretanto, a única 2ª categoria do dia, com 6km a 6,4% (Col de la Croix Saint-Robert). Entre a descida e inicio da 3ª terceira categoria que se sucede são cerca de 15km, sendo que 10km são a descer. Essa 3ª categoria, tem 3km a 5.9% (Côte de Saint-Victor-la-Rivière).

Durante 20.5km vão enfrentar várias zonas de subida e descida, nomeadamente, uma secção de 2,7km a 5,3% (Lac de Bourdouze) e outra de 4km a 3,9% (Col de La Chaumoune).

A partir daí, poderão descansar um pouco até ao quilómetro 132, momento em que enfrentam a ultima subida categorizada do dia, 3ª categoria, com 6,6km a 5,5% (Côte de la Chapelle-Marcousse), seguida de um extra de 2km a 3,7%.

Daqui até à meta são 16km, mas não a direito, dado que, a seguir a uma descida de 9km, enfrentam 1 km a 5,2% (Ronzières), ideal para um ataque tardio.

Como se vê pelo trajeto, vai ser um dia difícil, mas, como se sabe, depende mais dos ciclistas do que do percurso.

O que é certo é que há oportunidades para surpreender e atacar, resta saber as intenções do pelotão. São eles que vão determinar quem vai para a fuga e que hipóteses têm de vencer.

Para nós, parece um dia para a fuga, sem grandes dúvidas, até porque, perseguir nestes terrenos é extremamente árduo e só acontecerá caso algum favorito tenha falhado a oportunidade de integrar a fuga.

Alguns dos nomes que vão querer integrar a fuga serão van der Poel, Mohoric (principalmente da forma com trepou na etapa 9), Cort Nielsen e Alaphilippe, enquanto van Aert deve ter este dia assinalado, mas pode fazê-lo a partir da fuga ou do pelotão.

Asgreen, Bettiol e Turgis têm estado relativamente ativos e podem surpreender, enquanto Guerreiro, Tobias e Skjelmose têm todos um bom sprint e podem-se distanciar do resto nas subidas.

Outros nomes relevantes são Kwiato, Rui Costa, Madouas, van Baarle, Powless, Lafay, Latour, Jorgenson, Wright, Aranburu, Pedersen, Pidcock (só a partir do pelotão), Cavagna, Strong, Zingle e Clarke.

Se os rivais do CX estiverem na fuga, não significa que são ‘favas contadas’, isto é, não é certo que ganhem ou, sequer, estejam na luta pela etapa. Como os dois maiores favoritos em etapas deste género, todos os olhos vão estar em cima deles, vão ser atacados e é esperado que sejam eles a fechar espaços e a fazer a maioria do trabalho. Veja-se a etapa 7 do Tour 2021, onde estavam ambos na fuga e foram surpreendidos por um ataque de Mohoric a 18km da meta. Curiosamente, o esloveno, depois do que fez na etapa anterior, assim como pelas suas características, é um dos alvos a abater caso integre a fuga.


Favoritos

1- Van Aert, Van der Poel, Mohoric

2- Alaphilippe, Cort, Costa, Madouas, Lafay, Aranburu, Konrad, Wright, Pedersen

3- Girmay, Pidcock, Pogacar, Tobias, van Baarle, Bettiol, Burgaudeau, Paret-Peintre, Kwiato, Powless, Skjelmose



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