Depois de um dia calmo, nada melhor que uma etapa interessante, com 160km.
Os primeiros 25,5km são a direito, a partir daí começa-se a subir um pouco e surge uma 1ª categoria, 13,5km a 7,1% (Passo della Crosetta), seguido de 15km tendencialmente a descer, iniciando uma 4ª categoria aos 65,1km, com 3,4km a 5,4%.
Posteriormente, há um vale com cerca de 30km, até uma subida não categorizada, de 7,3km a 4,8% (Pieve di Cadore). Após isto, há uma 1ª categoria, que começa ao quilómetro 124,8km, com 9,7km a 7,7% (Forcella Cibiana), com descida longa.
Não há muito tempo para descansar a seguir à descida, pois, a 11km do fim, enfrentam uma 2ª categoria, com 5,5km a 9,5% (Coi), descida de 3km e, por fim, 2,3km a 6,9% (Val di Zoldo).
Ora, este final ‘grita’ Roglic, mas, depois do que sucedeu na etapa 16, será improvável ver a Jumbo a assumir a perseguição à fuga, até porque, a Maglia Rosa, está em G Thomas e a responsabilidade de perseguir está com a INEOS, e, como é hábito nesta equipa, vão, provavelmente, deixar que a fuga ganhe tempo suficiente para que a disputa de etapa resida aí, e colocar um ritmo alto, de forma a desencorajar ataques. É o dia de aniversário de G e seria uma boa maneira de celebrar, vencer com a Maglia Rosa, mas é improvável.
Também não é expectável que, havendo movimentações, se ganhe muito tempo, mas pode haver intenção de Dunbar, Caruso, ou outros mais afastados, todavia, esse gasto de energia, por parte dos homens do pódio, pode ser pouco sensato face à dureza dos dois dias seguintes. A Jumbo deve querer proteger Roglic, G Thomas não vai eliminar nenhum dos rivais diretos nestas duas subidas e a UAE vai querer apostar no dia seguinte. Se houver endurecimento na 1ª categoria, a 30kms do fim, que antecede a dupla 2ª categoria, podemos ter ‘fogo de artifício’, até porque, Caruso é um bom em descidas técnicas e pode tentar surpreender.
Por tudo isto, deverá ser um dia para fugitivos, mas não é certo, sendo, inclusive, um dia importante para a Maglia Azzurra, mas, dois dos candidatos (Pinot e Rubio estão demasiado próximos na CG e podem ter dificuldades em sair).
Seria uma etapa interessante para Kuss, mas a Jumbo deve querer preservar o braço direito de Roglic, pelo que não contamos vê-lo na fuga.
Healy e Bais devem apostar mais nos pontos da montanha do que na etapa em si, o que não invalida que tentem vencer, mas parecem estar a perder ‘gás’, principalmente o italiano.
Aurélien Paret-Peintre vai querer utilizar este dia para reentrar no top10, mas querer e poder são conceitos distintos, enquanto Van Wilder também poderá fazê-lo. Dentro deste tipo de ciclistas, Buitrago tem de ser um dos favoritos, se estiver na fuga, assim como Haig.
Zana, Barguil, Fortunato, Cepeda e Konrad são nomes interessantes para este perfil.
Favoritos:
⭐⭐⭐⭐⭐ Buitrago, Haig, A. Paret-Peintre
⭐⭐⭐⭐ Van Wilder, Zana, Fortunato, Konrad, Healy
⭐⭐⭐ Barguil, Kuss, Pinot, Rubio, Cepeda, Roglic, Almeida, G Thomas
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