Depois de uma etapa semi calma, apesar da desistência de um dos maiores favoritos (TGH), vem um percurso acidentado, com, certamente, uma boa luta pela fuga.
Nos primeiros 13kms, vão ter uma elevação de 1,1km a 6,2% (Cherasco), seguida de 6km a 5% (La Morra). A partir daí, e a seguir a uma descida ‘aos solavancos’, nova subida de 2,1km a 4,8% (Monforte d’Alba) e uma 3ª categoria de 13,2km a 2,7% (Pedaggera). Todavia, todo este percurso inicial é desnivelado, seja a subir ou descer, sendo duro para os sprinter e equipas interessadas em controlar, e positivo para a fuga.
Do topo da 3ª categoria, 36kms dentro da etapa, vão ter cerca de 100kms em plano, com algumas dificuldades, especial foco em 1,5km a 6,6% (Baldissero d’Alba), mas num local em que não deve motivar grandes acelerações.
A grande dificuldade do dia deve ditar a despedida da maioria dos sprinters (dependendo do contexto da etapa, se a fuga está perto ou longe, e os interesses de Matthews e Pedersen, principalmente), uma 2ª categoria. A abordagem à base da montanha será antecedida por 15kms acidentados, sendo, a subida em si, composta por duas fases. A primeira são 4,6km a 6%, com uma ligeira descida de 1,2km, sensivelmente, e a segunda são 4,9km a 8,3% (Colle Braida). No total, serão 10,7km a 5,9%, vai ser muito duro para a maioria dos homens rápidos ultrapassar esta dificuldade, principalmente, por se encontrar, o topo, a apenas 28kms da meta, tornando qualquer recuperação altamente improvável.
No entanto, na nossa perspetiva, deve cair para a fuga.
Olhando a candidatos, pode ser o dia de McNulty, embora não se mostre na sua melhor forma. Contudo, ciclistas como Matthews e Bettiol (protagonizaram uma luta muito interessante no Tour do ano passado), Clarke, Oldani ou Albanese devem ser candidatos. Sobem bem, são rápidos e o dia não deve ser duro o suficiente para os eliminar.
Healy tem mostrado apetência para estas pendentes e, se marcou esta etapa, pode ter uma chance de atacar na subida final. Mollema tem andado escondido, mas pode ser estratégico, pois, o veterano, tem hipótese de completar a trilogia de vitórias, há que manter um olho nele. Zana, o campeão italiano, também pode estar nos candidatos, assim como Buitrago, Konrad, Ulissi ou Rota (os últimos três são os que melhor conjugam a capacidade de ultrapassar esta dificuldade e o sprint).
É difícil definir um candidato ‘ideal’ à etapa, mas deverá ser alguém que seja rápido e um bom trepador, contudo, nos últimos 20kms podemos ver a junção de dois ou mais grupos, caso haja hesitações, daí que não descartemos homens rápidos que não são tão bons trepadores, como Oldani.
Favoritos:
⭐⭐⭐⭐⭐Matthews, Bettiol, Albanese
⭐⭐⭐⭐Clarke, Ulissi, Rota, Konrad, Healy, Oldani
⭐⭐⭐Pedersen, Buitrago, McNulty, Mollema, Zana
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