top of page
  • Instagram
  • Twitter
  • Spotify

Candidatos

Atualizado: 6 de mai. de 2023

Candidatos à Maglia Rosa


Em primeira instância podemos falar de dois grandes favoritos: Primoz Roglic e Remco Evenepoel, o campeão do mundo.

São ciclistas muito parecidos, dado que são excelentes contrarrelogistas e excelentes trepadores. Por um lado, o belga ainda tem a provar o seu nível numa grande volta com mais dureza do que a Vuelta que venceu, contudo, é expectável que mostre que está ao nível que se espera, por outro lado, o esloveno vem de lesão, aparentemente recuperado, e venceu duas voltas do WT, Tirreno e Catalunha, e pareceu sempre estar no controlo dos acontecimentos. Na Catalunha, inclusive, houve um duelo bastante aceso entre os dois maiores candidatos ao Giro, sendo que as diferenças foram mínimas, o que promete. Ambos são capazes de apanhar bonificações, mas principalmente Roglic, o que se pode revelar decisivo.


Mas não são os únicos na estrada, e em segunda linha encontramos João Almeida e Tao Geogheghan Hart. O britânico, detentor do troféu de 2020, o mesmo ano em que João Almeida brilhou de rosa durante 15 dias, tem estado em grande forma desde o início do época, mostrando um claro passo em frente no que toca ao nível previamente apresentado, isto no pós conquista do Giro onde passou por uma fase de menor fulgor. Caracteriza-se por ser um ciclista rápido, com boa aceleração, inteligente e que lida bem com o contrarrelógio, que não sendo uma especialidade sua, acaba por se proteger nesse campo.

O português por sua vez, tem se mostrado constantemente em excelente nível, mas tem faltado ‘aquele’ toque final. Desde 2020 que realizou 17 corridas por etapas e terminou no top 10 em 16 delas, sendo que a única vez em que não figurou no top 10 foi numa prova que não era do WT, o que demonstra uma consistência ao nível dos melhores, e mesmo assim é invulgar, faltando única e exclusivamente aquela vitória tão merecida. É um ciclista com bom sprint, mas pouca aceleração, que compensa por uma gestão inteligente do seu esforço, o que lhe permite fazer uma Almeidada, isto é, vir de trás para a frente, porque, enquanto uns tentam reagir a ataques ou acelerações, o João caracteriza-se por não ir ao choque e limita-se a aumentar gradualmente o seu ritmo de forma a não “partir o motor”. Parece fácil, mas se fosse, havia mais gente a adoptar esta técnica, é preciso ser frio e muito forte.

Damos vantagem ao português na luta pelo pódio (mas apenas ligeiramente), pois o britânico esteve nos Alpes a competir, o que pode manifestar-se em fadiga acumulada, enquanto o português esteve em estágio de altitude e, tendo em conta as dificuldades da terceira semana, isso pode afetar o rendimento de ambos, dado que quem estiver mais fresco tirará o melhor proveito das dificuldades dessa semana. O início pode beneficiar Tao, por vir com andamento competitivo, mas o que importa é como acaba e nisso João aparenta ter vantagem.


Na terceira fila, vamos colocar três candidatos, que serão Geraint Thomas, Aleksandr Vlasov e Hugh Carthy. O antigo vencedor do Tour é um ciclista à antiga, que define objetivos específicos e procura atingir o seu pico de forma nesse momento, tem um dos melhores contrarrelógios entre os homens da geral, com um estilo parecido ao português nas montanhas (na verdade, é ao contrário, dado que João é mais novo), por não entrar em acelerações, mas sim meter o seu ritmo e quando assim é torna-se difícil segurar-lhe a roda. Beneficia ainda do facto da sua equipa ter profundidade para atacar a Geral e, se as coisas correrem como suposto, pode ser uma arma muito valiosa contra as outras equipas. Quanto ao russo, se tiver ultrapassado as suas dificuldades nas montanhas mais duras e longas, será uma séria ameaça ao pódio, fazendo uso da sua ponta final para alcançar bonificações e a sua apetência para o contrarrelógio (embora não esteja ao nível de algum dos favoritos é certamente superior a TGH e Carthy). Por fim, colocámos Carthy nas hipóteses, porque a terceira semana tem pendentes que se adequam às suas características, embora seja a opção menos forte dos que estão aqui expostos, nunca se sabe o que pode acontecer e já mostrou que, no contexto certo, é um candidato ao pódio.

Como outsiders podemos falar de Damiano Caruso, Jack Haig, Jay Vine e Kamna. Podiamos falar de outros nomes, mas parece que estes serão os wildcard que deverão lutar pelo top 10, ou mais, dependendo das circunstâncias de corrida. Dificilmente um destes terá hipótese na luta pelo pódio, apesar de Caruso já o ter feito aqui e Haig na Vuelta, dado o nível dos concorrentes diretos. Se Caruso e Haig terão liberdade e Buitrago como ajuda, que também poderá surpreender no top 10, o mesmo não se pode dizer de Vine e Kamna, não por falta de qualidade, mas porque os seus líderes, em princípio, vão estar a lutar pelo pódio e vão precisar do seu apoio. Mesmo assim, considero que estes quatro são os que mais facilmente irão figurar no top 10 ou, eventualmente, top 5, sem descurar outras hipóteses como Uran ,Pozzovivo, Pinot, Paret-Peintre e Leknessund. São todos hipóteses válidas, talvez colocando Pinot acima do resto, mas será complicado definir um top 10 perante variedade de opções presentes. Será uma corrida muito aberta pela Classificação Geral, onde não nos parece que Healy, apesar da boa campanha nas Ardenas, irá integrar este núcleo de luxo.

A nossa aposta:

Vencedor – Remco Evenepoel

2º Lugar – Primoz Roglic

3º Lugar – João Almeida

Wildcard – Aleksandr Vlasov



Maglia Ciclamino


Consideramos que os dois grandes favoritos à geral são candidatos por serem capazes de ganhar várias etapas e armazenar pontos suficientes para eliminar os sprinters, contudo, continua a ser a camisola dos pontos, onde os sprinters, em princípio, terão vantagem, nomeadamente, Mads Pedersen, o grande favorito a esta camisola. O ponto de interrogação prende-se com a conclusão ou não da prova por parte destes ciclistas, mas observando a startlist consideramos que as opções são, sem contar com os já mencionados: Ackermann, Matthews, Dainese, Gaviria, Milan, Cavendish e Groves. Porventura, um outsider, como Consonni, Albanese, Cort Nielsen, Stewart e Bonifazio também podem ter hipótese, embora mais remota.

A grande vantagem dos sprinters é a acumulação de pontos que têm devido às etapas que contestam, ou seja, considerando o número de etapas que pode ser disputada ao sprint, os ciclistas mais rápidos terão sempre vantagem pelos lugares cimeiros de cada etapa em que estejam inseridos, ao invés dos restantes, e, em princípio, disputarão mais vitórias, e, portanto, pontos, do que os candidatos à classificação geral ou outros quaisquer. O que pode acontecer é haver uma luta pouco habitual por etapas por parte dos homens do top 10 e, dessa maneira, causar uma distribuição dos pontos que possa favorecer estes últimos. Não é comum, mas tendo em consideração a lista de atletas que vão participar, não podemos excluir essa hipótese. A grande vantagem para ciclistas como Mads Pedersen é serem sprinters com boa capacidade em ultrapassar montanhas demasiado duras para os restantes sprinters e, dessa maneira, disputar mais etapas do que os que têm menos capacidade nessa área. Por isso é que o vencedor desta camisola distintiva se pauta por ser o mais consistente em termos de resultados e não obrigatoriamente o que tiver mais vitórias, embora isso seja um passo importante para estar na disputa.

Outro ponto de relevo são as desistências. Numa corrida tão dura como uma grande volta, costuma haver desistências, principalmente da parte dos sprinters, Que costumam ter muita dificuldade nas etapas mais duras, podendo sofrer do fenómeno chegar fora do tempo limite (todas as etapas têm essa condicionante, dependendo da velocidade média a que se fez o percurso nesse dia) ou fadiga ou redefinição de objetivos para outra fase da época. Aparentemente, o superfavorito dinamarquês, faz tenções de terminar a prova, tornando-o, indiscutivelmente, o alvo a abater nesta classificação.


A nossa aposta:

Vencedor: Mads Pedersen

Wildcard: Matthews/Gaviria



Maglia Azurra


A luta pela montanha é sempre imprevisível, costuma recair para ciclistas da fuga e não da CG, como ocorre no Tour, pelo que as hipóteses para esta classificação terão de ser trepadores que não apontem à geral e tenham liberdade para andar ao ataque. Em primeira análise, temos Buitrago (se abdicar da tentativa da geral), Kamna (na mesma situação que o anterior), Urán, Healy (mais pela boa forma que apresenta, porque não há dados que nos indiquem qual poderá ser o seu desempenho na montanha), Fortunato, Pinot (mais um envolto pela questão da geral), Taaramae, Rubio, Verona, Barguil, Leknessund, Zana, Vine e McNulty,

Sendo uma camisola que, à primeira vista, é difícil definir favoritos, temos de olhar ao registo das últimas épocas, e podemos verificar que, por norma, se tratam de bons trepadores, mas que não fazem parte dos melhores trepadores da prova e apresentam pouca relação com a classificação geral, o que nos leva a concluir que deverá ser um ciclista que esteja constantemente em fugas, seja consistente e, provavelmente, tenha poucas responsabilidades dentro da própria equipa, isto é, não tem nenhum colega com objetivos que implique que gaste energia além da sua luta pela montanha.

Por isso, e analisando as respectivas equipas, parece-nos que ciclistas como Taaramae, Zana, Leknessund, Rubio, Verona, Fortunato e Barguil levam vantagem. Porém, é altamente imprevisível e podemos estar completamente errados.


A nossa aposta

Vencedor: Warren Barguil

Wildcard: Filippo Zana





Maglia Bianca

Esta classificação é classificação geral dos jovens, sub 25, e, no fundo, não há muito a analisar, porque irá para o melhor jovem da corrida, ou seja, vai ter interferência direta daquilo que vai ser a classificação geral absoluta.

Por isso, os principais favoritos serão, indubitavelmente, Remco Evenepoel e João Almeida. Ciclistas como Arensman, Buitrago, Gloag, Leknessund e McNulty, podem ter uma palavra a dizer, embora seja complicado. Todavia, no ano passado, com a desistência de João Almeida por Covid, o vencedor foi surpreendente, não sendo expectável, no início da corrida, que estivesse perto desse feito.


A nossa aposta:

Vencedor: Remco Evenepoel

Wildcard: Thomas Gloag.






25 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
Etapa 21

Etapa 21

Comments


bottom of page