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As Equipas - Tour de France 2023

Jumbo-Visma

A Jumbo leva o vencedor do último Tour, Jonas Vingegaard, assim como o braço direito favorito de qualquer líder da equipa para a montanha, Sepp Kuss. Isto além de uma equipa muito forte para os terrenos planos e média montanha.

Na montanha, aparenta ser uma equipa pior, perante o que tinham no ano passado, e, em parte, é, devido à ausência de Roglic.

Na nossa opinião, não dever ser por aí que vão perder, ou ganhar, dado que continua a ser uma equipa forte. Por exemplo, Kelderman está, nos últimos anos, um pouco acima do homem que vem substituir, no elenco da equipa para o Tour, Kruijswijk.

Benoot e Van Baarle são dois ciclistas que, em condições normais, irão estar presentes nas fases iniciais das subidas mais duras, tendo ambos um histórico muito positivo nesse tipo de terrenos, embora, à primeira vista, suscitem dúvidas quanto à sua capacidade nas subidas mais duras.

Contudo, a hierarquia está definida. Veremos Nathan van Hooydonck na parte plana, será o homem de trabalho desta equipa, enquanto Laporte poderá estar numa primeira abordagem às subidas, mas o trabalho chave, portanto, já em média montanha e no início de alta montanha, estará entregue a 3 homens, os já mencionados Van Baarle, primeiro, e Benoot a seguir, supostamente, e Van Aert, o canivete suíço luxo que qualquer equipa gostaria de ter. A partir daí, cabe a Kelderman e Kuss dizimarem o pelotão para que sobre o menor número de unidades possível. Na teoria, será suficiente, presumindo que Jonas conclui o trabalho.

Ganhar a geral não será suficiente. Querem etapas por Jonas ou Wout, principalmente. No caso do belga, há uma forte hipótese que ganhe em sprints, massivos ou reduzidos, a solo, a partir do pelotão ou em fugas, na verdade, são poucas as formas em que Van Aert não tenha hipótese de vencer.

Laporte pode ter algumas oportunidades, principalmente se Wout Van Aert sair mais cedo, por força do nascimento do filho que pode nascer durante a competição. Será improvável ver Kelderman, Kuss, Van Hooydonck, Van Baarle ou Benoot em fugas para tentarem vitórias de etapa, porém, não é improvável vê-los com a mesma função do ano anterior, como corredores satélite.


UAE

A UAE leva uma equipa substancialmente mais forte que no ano passado, mas pode não significar muito se Pogačar não estiver ao nível que já apresentou anteriormente.

A lesão na LBL condicionou a sua preparação, embora não tenha sido determinante, a este nível, pode fazer diferenças, principalmente para um rival tão forte e tão bem preparado.

Por outro lado, levam Adam Yates, segundo a equipa, co-líder, mas que não tem, de todo, o mesmo estatuto que o esloveno. Esteve bem no Dauphiné, apenas batido por Vingegaard.

Pode ser uma arma contra Jonas, mas é mais imprevisível e pode oscilar entre estar ao nível dos dois aliens na montanha e rebentar e perder 5 ou 10 minutos. O mais provável é ser utilizado como ‘isco’, expondo Vingegaard, para Tadej aproveitar.

Têm um bom grupo de roladores (Trentin, Laengen e Bjerg, que também auxilia na média montanha) e trepadores (Grosschartner, Soler e, o braço direito habitual, Majka) para auxiliarem os dois líderes.

Esperamos ver vitórias de etapa, mas apenas através das duas figuras principais. Soler consegue ganhar a partir das fugas, resta saber se terá essa oportunidade, que é improvável.

Têm um plano clássico, e, se tudo correr bem, podem ter um elemento na luta pela vitória final (Pogačar, claro) e outro no top5 (Yates).


INEOS

Uma das incógnitas deste Tour, tanto pelo estado físico de Bernal, depois do acidente gravíssimo na época passado, como pelo nível atual de Carlos Rodriguez e a inconstância de Martinez.

São três, supostos, líderes, com vantagem para os dois últimos. Bernal tem estado em crescendo, mas fazer o Tour, depois do que lhe aconteceu, já é uma vitória, e poderá, se se sentir bem, tentar conquistar uma etapa a partir da fuga. Gostávamos de vê-lo ao nível que apresentou no Tour2019 ou Giro2021, mas seria um milagre.

Rodriguez mostrou na última Vuelta que é um guerreiro, e tem muita capacidade de sofrimento e talento. Secundado por ser um jogador de equipa e discreto, mas é um candidato ao top10, ou melhor. Muito jovem e muito talentoso, atenção.

Martinez, para nós, seria o líder indiscutível e um sério candidato ao pódio se não fosse tão irregular. É o clássico exemplo de gregário de luxo que pode não ter a mentalidade certa para ser líder. Consegue ganhar corridas WT de 1 semana, é dos melhores trepadores do mundo, belíssimo contrarrelogista e também é veloz, mas pode sofrer quebras em dias de transição ou não tão duros e perder 10 minutos (à semelhança de Yates, mas, mesmo assim, o britânico é superior).

Pidcock é outro elemento difícil de decifrar. O campeão da Europa e olímpico de MTB e antigo campeão do mundo de CX continua com poucas vitórias na estrada, embora sejam emblemáticas, como Alpe d’Huez ou Strade Bianche. Não se entende bem a sua trajetória, se vai tentar clássicas ou CG, mas é certo que é dos maiores talentos do mundo (nesse campo é top5). Já disse que quer ganhar etapas a partir do pelotão e não a partir de fugas, mas que não descarta essa hipótese, claro, e que vai tentar estar com os melhores, sendo a CG um objectivo secundário, mas também tem interesse em ver como se exibe.

No geral, uma equipa versátil, aparentemente, sem um plano rígido, e muito talento. Fraile e Castroviejo têm tido boas exibições, embora com estilos completamente díspares, Ben Turner tem tido muitos azares este ano, mas é um nome interessante de acompanhar.

Sobra Kwiato, um dos nossos favoritos, um todo o terreno e temos esperança que tenha a liberdade que merece para tentar vencer uma etapa.


Groupama-FDJ

A equipa das polémicas.

Depois do ano passado, em que Gaudu fez 4.º, falou se muito da abordagem que a equipa teria ao Tour deste ano, e começou com polémica. No início do ano, o francês, surgiu, num grupo público do Discord, a falar mal de Démare, criticando o sprinter, e, posteriormente, endereçou um pedido de desculpas (um pouco vazio, diga se), seguindo-se más exibições e comentários pouco simpáticos, mas para ninguém em particular, e, agora, soube se que foi o principal motivo para que Storer não figurasse no elenco em detrimento de Lars Van den Berg, algo bizarro, dado que o australiano é um bom trepador, podia ser útil, e o holandês não está perto do mesmo nível.

Outra polémica, envolvendo Démare, e sem culpa do mesmo, prende se com a decisão de o manter em casa e tão perto do Tour, supostamente tinha, Marc Madiot, dito que era quase certa a sua presença, e a sua inclusão não mexia com as dinâmicas de equipa, tendo, inclusive, o antigo campeão francês, dito que só precisava de um ciclista, Miles Scotson, e, objetivamente, seria benéfico para Gaudu, dada a importância dos roladores em vários momentos da corrida.

No meio de tantas peripécias e exigências, presume-se que os diretores confiem mais no pódio do francês e em vitórias de etapa dos elementos que levam, do que na utilidade de Démare e Storer, sendo que ambos, principalmente o sprinter, já venceram em grandes voltas e já mostraram que podem ser elementos importantes em qualquer conjunto.

Perante isto, tudo o que não for o pódio para Gaudu e, pelo menos, uma vitória de etapa para a equipa, será uma desilusão.

Podemos ver Madouas, novo campeão francês, ou Pinot a lutarem pela camisola de montanha.


EF-Education-EasyPost

Carapaz é a figura central desta equipa, com objetivo de pódio, como o próprio admitiu, com caça etapas como Powless, Bettiol e Cort, principalmente.

Chaves e Urán também terão as suas aspirações ao top10 e este trio sul americano deve ser tido em conta.

Muita química, ousadia e experiência entre si. Sendo que Chaves e Richie podem completar o Grand Slam de vitórias.

Powless tem tido uma excelente época e é uma ameaça em qualquer fuga, bom trepador, forte a descer e com um sprint bastante aceitável.

Cort Nielsen é um craque, e vai estar, com toda a certeza, em várias fugas e a lutar por vitórias. Bettiol ainda está à procura do seu nível pré-covid. No ano passado esteve próximo de uma vitória, batido apenas por Matthews.


Soudal-Quick Step

Os lobos belgas esperam várias vitórias de etapa, por via de Jakobsen (a figura de cartaz) ou Alaphilippe, que no Dauphiné se apresentou a um nível que não se via há algum tempo.

Vão ter, quase todos, as suas hipóteses, como Asgreen, Lampaert ou Cavagna, mas as esperanças residem no sprinter holandês, um dos dois (ou três) melhores do mundo na especialidade, com um comboio de luxo. Os 7 terão um papel importante no sprint do campeão da Europa.

Contudo, Alaphilippe parece estar perto do seu nível, vamos ter uma ideia mais concreta nas primeiras duas etapas, que são ao seu jeito.


Bahrain-Victorious

Das equipas mais equilibradas do pelotão no Tour. Um sprinter (Bauhaus), três homens para lutarem por etapas em fugas (Mohorič, Arndt, que pode completar o seu Grand Slam, e Wright) e homens para a montanha (Landa, será o líder e, como o seu colega de equipa, pode fazer o Grand Slam, auxiliado por Bilbao e Haig, nomes fortes se forem para fugas, e Poels).

Nos primeiros dois dias, veremos a equipa do médio oriente a trabalhar para Bilbao, natural da região, com atenção também a Landa, Wright e Mohorič.

A partir daí, o objetivo passar por garantir o top5 com Landa, Haig e Bilbao como opções secundárias, e por vitórias, sprint ou fugas, mas, a última, parece mais provável.


Bora-hansgrohe

Para nós, a maior candidata ao último lugar do pódio, por Hindley. O vencedor do Giro 2022 é um dos melhores trepadores do mundo, o seu ITT melhorou bastante (embora não seja muito importante neste Tour, pode ser decisivo na luta pelo pódio ou top5) e é um oportunista.

Por outro lado, não apostam a 100% no australiano, pois, levam um sprinter, Jordi Meeus (deixaram Sam Bennett em casa), que será auxiliado por um comboio de excelência, com Politt, Haller e Van Poppel.

A equipa é muito equilibrada, com homens fortes para a fuga, Jungels e Konrad, mas que irão auxiliar o seu líder sem problemas.

Buchmann será o braço direito de Hindley.

Das equipas mais interessantes para acompanhar.


Lidl-Trek

O objetivo primordial será vencer etapas e tentar a Maillot Vert, por Pedersen.

Apostam no antigo campeão do mundo para chegadas ao sprint, porventura fugas, como ocorreu no Tour transato, que quererá vencer a camisola dos pontos. É um sério candidato.

Ciccone, esperemos, não quererá lutar pelo top10, e queremos vê-lo a dar espetáculo nas etapas de montanha, a partir da fuga, seja para vencer etapas ou a Maillot Blanc a Pois, mesmo que consiga fazê-lo juntos dos favoritos. E deverá auxiliar o recém vencedor do trágico Tour de Suisse, e novo campeão dinamarquês, Skjelmose. Este prodígio será uma incógnita. Pode lutar por uma vitória de etapa ou top10. A acompanhar.

Por fim, o novo campeão americano, Quinn Simmons, um dos melhores talentos do ciclismo (e o mais novo neste Tour, embora não pareça). Já o vimos com excelentes exibições na montanha, em corridas de uma semana, é rápido e, acima de tudo, combativo como poucos, um todo o terreno. Se estiver na frente vai ser difícil trazê-lo de volta.


AG2R Citroën Team

Os franceses têm um claro candidato ao pódio, Ben O’Connor (melhorou substancialmente o seu ITT), mas o objetivo deverá passar pelo top5 com o australiano, potencial top10 com Felix Gall, que ano está a ter, e vitórias de etapa.

Aurélien Paret-Peintre estará presente, depois da sua boa performance no Giro, mas será solução nas fugas, como Cosnefroy e Nans Peters.

Toda a equipa está construída para fugas, na verdade, por não terem um sprinter, excepto, Gall (embora seja certo que, indo para fugas, será um dos mais marcados, e um verdadeiro candidato a levar uma etapa) e O’Connor, e, aparentemente, a equipa estará comprometida em redor dos dois líderes.

Poderemos ter uma batalha australiana pelo pódio entre Hindley e O’Connor.


Alpecin-Deceunick

O objetivo é claro: vencer etapas.

Toda a equipa terá um papel fulcral na preparação do sprint de Philipsen. Para nós, o melhor sprinter do mundo e um dos três favoritos à Maillot Vert (com Pedersen e Wout Van Aert).

O belga destaca-se pela velocidade absurda, mas também por ser um dos poucos sprinters que passa bem a maioria das dificuldades, mas não tem a facilidade de Pedersen em integrar fugas, muito menos de Van Aert. No entanto, em condições normais, podemos ver 2 ou 3 vitórias do sprinter belga, principalmente se o último lançador for o fenómeno Mathieu Van der Poel.

Por sua vez, o holandês, que se tem mostrado a bom nível, tanto na Belgium Tour como nos campeonatos nacionais, deverá querer utilizar a Maillot Jaune nos primeiros dias, vencendo etapas ao longo da prova e, provavelmente, será figura em várias fugas com o seu arqui-rival, Van Aert. Supostamente, não vai lutar pela classificação da regularidade.

Não têm ninguém para etapas de montanha, mas vários candidatos a vitórias, como, além dos já mencionados, Hermans, Gogl ou Kragh Andersen, por exemplo.


Intermarché-Circus-Wanty

Biniam Girmay é a figura central da equipa, ainda para mais depois da vitória que teve no Dauphiné. O primeiro outsider na luta pelos pontos, e, acreditamos que, à semelhança do Giro2022, estará sempre atrás de MvdP ou WvA, por fugas ou etapas. Perante a sua qualidade, é quase certo que o vamos ver junto dos melhores e, provavelmente, a celebrar uma conquista histórica no Tour.

Meintjes é o candidato da equipa ao top10. Nunca se vê, e acaba sempre lá.

O resto da equipa será para auxiliar Bini ou lutar por fugas. Onde se destacam três nomes: Calmejane, Zimmermann (várias etapas ao seu estilo) e Rui Costa. O português tem estado bastante bem, em várias corridas, e há uma esperança fundamentada de o vermos a conquistar uma etapa.


Cofidis

Outra equipa cujo objetivo é ganhar etapas, desta feita com uma equipa igualmente versátil, como a Intermarché, em que Guillaume Martin deve estar presente na disputa pelo top10 (excelente Dauphiné) ou mesmo na luta pela montanha, aqui, podemos ver Geschke a tentar compensar o que faltou no ano passado, mas é difícil.

Para etapas, há muitos candidatos, a começar por Zingle (parece mais um puncheur do que um sprinter e é um nome que poderá estar em destaque), Coquard (acreditamos que é desta que leva uma vitória no Tour), Lafay e Izaguirre.

Mas veremos, provavelmente, a maioria do conjunto em fugas.


Movistar

Não está a ter um ano feliz, mas não está a ser assim tão trágico. A terrível performance no Dauphiné foi justificada por doença.

No entanto, em forma, está perto do nível dos melhores, principalmente, com gregários de luxo como Pedredo, Mühlberger, Izaguirre, Aranburu, Jorgenson e, os portugueses, Ruben Guerreiro e Nelson Oliveira.

A tática da equipa espanhola costuma consistir em enviar homens para a fuga e são, literalmente, todos (excepto Mas, claro) candidatos a integrar várias fugas durante a prova. Com especial destaque para Pedredo (em boa forma), Ruben (quererá uma vitória), Aranburu (bom puncheur) e Jorgenson (outro fenómeno, à semelhança de Powless, mas não tão rápido).

Com este elenco, o mínimo é top5 e uma vitória de etapa. Enric Mas já avisou que quer se mais ofensivo, e o Ruben pode não lutar por etapas para tentar um top10. Vamos ver.


Team Dsm-firmenich

Há duas intenções, neste elenco, o top5 de Bardet e vitórias de etapas, em particular, por Sam Welsford.

Para os mais distraídos, Bardet parece estar mais ‘feliz’ do que nos últimos tempos na AG2R e isso nota-se em termos de desempenho, e, se não estiver ao nível dos restantes na CG, podemos ver uma batalha pela camisola da montanha entre franceses (Bardet vs Pinot).

Por sua vez, Welsford é desconhecido para a maioria dos fãs menos fanáticos, mas é, bem posicionado, das maiores ameaças para os grandes sprinters. Tem muita velocidade e força (homem vindo da pista, onde a Austrália é de elite). Conta, também, com um comboio muito interessante.


Israel - Premier Tech

Têm como único propósito vencer etapas. É de descartar Woods na luta pela geral, considerar Strong para sprints massivos não é totalmente sensato, mas, em grupos reduzidos, é um bom nome.

Toda a equipa é candidata a fugas, com os nomes mais fortes a serem, além dos já referidos, Teuns e Clarke.


Jayco-AlUla

Simon Yates é um nome que não dá para descartar na luta pelo pódio, mas, as declarações antes do início do Tour, deram a entender que não é esse o seu objetivo. No entanto, será estranhíssimo se não o virmos no top10 final, mesmo com a sua inconsistência, como o seu irmão, é dos voltistas mais fortes do pelotão. Não sabemos bem o que esperar do britânico, mas, em condições normais, estará acima de Hindley, O’Connor ou Mas, mas é o mais provável de ter um péssimo dia.

Noutro aspeto, Groenewegen será um dos principais sprinters na competição, com um belo comboio.

Uma vitória de etapa, ou mais, é bastante provável. A equipa é uniforme, em redor dos dois líderes, mas também gostam de arriscar em fugas.


Team Arkéa-Samsic

Não há muito a analisar, Barguil e Champoussin devem ir para fugas, lutar pela montanha ou por vitórias de etapa, assim como o resto da equipa. O único que se destaca noutro campo, Mozzato no sprint, pode ter adversários demasiado fortes para aspirar a algo melhor que um top5 numa ou outra etapa.

Costumam animar fugas, e devem estar quase sempre presentes.

Fora isso, não há grandes notas dignas de registo.


Lotto Dstny

A equipa abdicou de participar no Giro para apostar no Tour.

Perante a atual forma de Ewan, a sua principal arma, é impossível ponderar se foi uma boa ideia.

O australiano, no seu dia, parece quase imbatível, mas não o vemos assim há algum tempo, e a equipa ressente se por isso. Contudo, não nos parece que faça sentido descartar um dos sprinters mais velozes do pelotão.

Com este elenco, irão figurar em várias fugas, mas, além de Ewan, a sua principal referência deve ser Maxim Van Gils. Outro ciclista discreto, mas com resultados deveras interessantes ao longos dos últimos anos. Manter debaixo de olho.


Astana Qazaqstan Team

A segunda história mais interessante deste Tour.

Conseguirá, Mark Cavendish, bater o recorde de Eddy Mercxx?

Neste momento, o britânico e o belga estão empatados com 34 vitórias de etapa, e a Astana vai fazer de tudo para que ele bata o recorde. Para a equipa seria histórico. Aliás, para todos.

O antigo campeão do mundo não está no seu melhor momento (já tem 38 anos e apenas uma vitória este ano e mais três pódios), mas lutar por um recorde tão significativo pode dar-lhe mais 50 watts na chegada. Caso não consiga, ainda há Cees Bol para subsistir o míssil de Manx.

Quanto ao resto, devem se misturar em fugas, com a figura de proa a ser Lutsenko, seguido de De la Cruz, sem descartar Tejada ou Fedorov.

LLS e Moscon não devem estar ao nível exigível para vencer uma etapa, mas deverão contribuir no comboio de Cav.


Uno-X

Uma das equipas mais interessantes em anos recentes.

Com a adição de Kristoff, podem ter subido um patamar, mas, ao mesmo tempo, tirado espaço ao gigante Wærenskjold. No entanto, deveremos ver a equipa a disputar várias etapas, principalmente, com o antigo campeão europeu, enquanto o jovem norueguês, já citado, poderá ter as suas oportunidades. Tiller é outro homem de trabalho que deverá ter liberdade para mostrar as suas qualidades, que, parece-nos, são muito superiores ao que o público geral idealiza.

Por fim, têm três nomes que podem surpreender na montanha. A começar por Charmig, é jovem (25 anos) e um bom gregário, mas, perante a prova que vão realizar, essa função só será relevante se tiverem alguém na disputa pelo top10, por isso, será provável vê-lo em fugas.

Træen fez um fantástico 8.º lugar no Dauphiné, depois de já se ter exibido em bom nível noutras provas, e será um trepador a ter em atenção, todavia, não será expectável vê-lo lutar pelo top10.

Por fim, uma das pérolas desta equipa, que teima em não dar o passo seguinte, Tobias Halland Johannessen. O vencedor do Tour de l’Avenir 2021, dotado de um belo sprint e capacidade na montanha, tem desiludido em etapas de alta montanha, a sua falta de qualidade no ITT não interessa muito dado que há apenas uma etapa desse género. Pelo que, neste momento, é um projeto algo estagnado.

Gostávamos de o ver atingir o potencial que aparenta ter, e, se tal ocorrer, será um outsider pelo top10 e etapas.


TotalEnergies

Peter Sagan tem sofrido várias quedas este ano, a última das quais surgiu na meta dos campeonatos nacionais, que não venceu, o que o está a impossibilitar de ter o ano de despedida ideal.

Vai ser complicado vencer uma etapa, mas, para todos os fãs, seria um sonho poder ver um dos melhores de sempre a despedir se dessa maneira.

A equipa conta com Latour, Ferron, Cras e Burgaudeau para conquistar alguma etapa e, honestamente, são todos capazes, mas será altamente complicado.

Sobram ainda Turgis e Boasson Hagen, que são ainda mais improváveis, além de Oss, que deverá andar, quase sempre, junto do eslovaco.


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