Este ano, o Giro manteve-se fiel a si mesmo, apresenta um percurso bastante desafiante, com subidas duras e muita montanha. Na verdade, podemos dizer que é um perfil (ainda) mais ambicioso do que o habitual nesta Grande Volta. No entanto, as condições climáticas e logísticas podem obrigar a algumas alterações ao percurso, como etapas encurtadas ou canceladas. As etapas de montanha são as que correm mais risco de serem afetadas, o que pode ter uma grande influência no resultado final da corrida. Exemplo disso será, por um lado, a etapa 13, onde poderá ainda haver neve e caso não se verifiquem as condições de segurança mínimas ocorrerá uma dessas eventualidades, e, por outro lado, há ainda a considerar a penúltima etapa, a famosa Cronos Escalada, pois, perante o seu gradiente torna-se impossível o acompanhamento dos ciclistas pelos carros de apoio das respetivas equipas e, até ver, as motas, que seriam a solução aparente, também teriam dificuldade a acompanhar.
A primeira etapa é um contrarrelógio com, sensivelmente, 20 km, em que os últimos 3,5 quilómetros têm uma ligeira inclinação ascendente, onde os favoritos à CG, Primoz Roglic e Remco Evenepoel, podem capitalizar as suas qualidades perante os puros especialistas como Filippo Ganna e Stefan Kung. Todavia, prevê-se que os quatro estejam a um nível bastante próximo, sendo que a diferença pode residir na subida final e no que cada um está disposto a gastar em termos de energia, pois, Remco e Roglic podem optar por se poupar e não ir a fundo devido às árduas 20 etapas que têm pela frente. Ganna e Kung podem dar-se ao luxo de ir ao limite pela honra que simboliza utilizar a Maglia Rosa e por não terem as mesmas responsabilidades que os rivais ao longo das três semanas, sendo que ambos marcaram os dois primeiros contrarrelógios como objectivos pessoais para esta corrida, o que poderá fazer a diferença.
Contudo, isto são teorias e, com base nas informações que temos, damos um ligeiro favoritismo aos rivais da CG.
Quanto aos favoritos ao top10, não será determinante para o desfecho final, mas já vamos ter diferenças de tempo que podem condicionar estratégias futuras.
Com isto em consideração consideramos que Edoardo Affini (estando no seu país natal e poder utilizar a Maglia Rosa devem ser motivação suficiente para um bom resultado), João Almeida, Thymen Arensman, Geraint Thomas, e Rohan Dennis como candidatos.
Tanto Jonathan Milan como Mads Pedersen, como bons roladores, podem ainda constar nos favoritos, com o intuito de na 2ª etapa tentar bonificar e alcançar a camisola rosa.
⭐⭐⭐⭐⭐ Remco, Roglic
⭐⭐⭐⭐Ganna e Kung
⭐⭐⭐Affini, Geraint Thomas, Dennis, Almeida, Arensman, Pedersen, Milan.
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