O Tour começa no País Basco, Espanha, passando, durante a 3ª etapa, para França e termina, como é habitual, nos Champs-Élysées, Paris.
Nota: em 2024, por força dos Jogos Olímpicos, que serão realizados na capital francesa, a última etapa do Tour será em Nice.
As duas etapas 100% espanholas estão muito bem conseguidas, dado que são duras, inclusive, há dúvidas quanto aos homens que vão disputar a etapa, mas não são extremas ao ponto de eliminar alguns dos homens mais rápidos. Vai depender, essencialmente, das táticas impressas pelas equipas dos interessados. Se forem os homens da CG a mexer, então, podemos não ter Pidcock, Van Aert ou Van der Poel a disputar o final, em ambos os casos. Portanto, podemos ter um Maillot Jaune surpresa, pois, perante o percurso, e o facto de serem as duas primeiras etapas, não é de descartar ataques tardios de não favoritos, e desinteresse dos candidatos à CG na vitória de etapa, de forma a não gastarem energia desnecessariamente.
Há esperança de que a 1ª semana dite algumas diferenças, nas etapas 5 e 6, especialmente. Há várias etapas duras, com a etapa Rainha a ser, ao que tudo indica, a etapa 17, que irá finalizar um bloco de 5 etapas exigentes. A partir daí, só voltam a ter uma hipótese para fazer diferenças, na etapa 20.
Por alto, há cerca de 5 etapas para os sprinters puros, mas, essa avaliação vai-se fazer melhor com os objetivos de cada equipa, há um ITT duro, 8 etapas que podem ser determinantes para a CG (provavelmente mais) e, o resto, serão aquelas etapas dúbias, que podem ter pelotão compacto (difícl), fugas, puncheurs, ou mesmo homens da CG.
Um percurso entusiasmante, resta saber se o pelotão vai estar ao nível. Há oportunidades para surpresas, desilusões e confirmações, espaço para Alaphilippe, Van der Poel, Van Aert, Pogacar, Vingegaard, sprinters, e etc..
Vive Le Tour!
1ª etapa
Começa Le Tour!
Aquela que é, indiscutivelmente, a prova de ciclismo mais importante do mundo, tem o seu início em Bilbao, País Basco.
E que etapa.
Começa numa subida não categorizada, seguida de uma 3ª categoria, com um percurso acidentado até nova 3ª categoria, e, nos 80km o terreno é quase todo em altos e baixos, pouco plano, que culmina, na dase decisiva, numa 2ª categoria, de 4,3km a 7% (Côte de Vivero), daí há uma descida e um plano, suficiente para alguns elementos reentrarem, até entrar na última 3ª categoria do dia, com 2,1km a 9,4% (Côte de Pike), ascendem aos 13%. No topo, restam apenas 10km até ao fim, com uma descida longa, e, o último quilómetro é, quase na totalidade, a subir, rondando os 5%.
Vai ser quase impossível, para os sprinters, chegarem com os melhores, e, se chegarem, dificilmente vão bater especialistas neste tipo de chegadas como Wout van Aert, Mathieu van der Poel, Tom Pidcock, Tadej Pogacar ou Julian Alaphilippe, por exemplo, sem descurar Jonas Vingegaard, Michael Woods, Pello Bilbao, Dylan Teuns, Biniam Girmay, Magnus Cort Nielsen ou Omar Fraile, entre outros.
A chave vai estar na abordagem que as equipas tiverem às subidas finais, apostando no ritmo alto, no caso de equipas como Israel-Premier Tech, se quiserem apostar em Woodsou Teuns, visto que nenhum é particularmente veloz, mas ambos gostam deste tipo de percentagens, e vão querer eliminar craques como MvdP ou WvA. A Bahrain, por exemplo, pode apostar em duas frentes, tanto com Mohoric, um prodígio a descer com sprint aceitável,principalmente a subir, como com Pello Bilbao, que, na verdade, as suas principais características são as mesmas que as do seu colega de equipa, no entanto, os espanhol,beneficia de maior qualidade nas partes difíceis do percurso, porém, em ambos os casos, preferiam a ausência de homens rápidos, como os já citados, embora, resta saber se o esloveno aguentaria com os melhores ou não,nesse caso.
Nós acreditamos que, pelo facto de ser a primeira etapa, as equipas dos principais candidatos à CG, não vão meter o pé a fundo, a menos que surjam ameaças de ciclistas que eles considerem uma ameaça.
Portanto, há vários cenários que podemos verificar,nomeadamente, e em suma, ou um ritmo alto das equipas dos homens em geral e que, assim, eliminem candidatos àetapa, que tenham mais dificuldades em dificuldades destas, ou, essas mesmas equipas, ‘permitem’ que outras assumam as rédeas da corrida, fazendo com que, a etapa,se dispute entre elementos que não constituem ameaça aos interesses dos homens da CG.
Em qualquer dos cenários, é altamente provável que, entre as subidas, principalmente da penúltima para a última,surjam ataques de elementos surpresa, chamemos lhe assim, que, perante a passividade dos líderes de cada equipa, possam levar a etapa. Exemplo disso pode ser Rui Costa, oportunista, lê bem a corrida, está em boa forma, e é rápido.
É realmente complicado avaliar as possibilidades de cada um dos favoritos, por exemplo, Vinge tem estado fantástico nestas pendentes, mas não é tão rápido como Tadej, além de que não deve querer gastar energias na 1ª etapa.
Como candidatos, acreditando que as subidas não são dinamitadas (apesar do aviso de Pello e a Bahrain), temos, na pole position, MvdP e WvA, seguidos de Pogacar, Alaphilippe, Pidcock, Bilbao e, como outsiders, Skjelmose, Vingegaard, Gaudu, Aranburu, MCN, Cosnefroy, Tobias Johannessen, van Gils, Girmay ou Fraile.
Aqui, adorávamos ver uma disputa de Wout, Mathieu, Tom e Julian, mas, efetivamente, há algumas equipas que vão tratar isto como uma clássica, assim como o dia seguinte, o que pode ser perigoso para os homens da geral que sejam apanhados mal posicionados ou com pernas demasiado relaxadas.
Por isso, parece que a corrida vai ser incendiada nas subidas, pela Bahrain ou INEOS, o que pode colocar homens rápidos em dificuldades, e vai implicar resposta dos favoritos, como Pogacar.
Mesmo assim, é bastante possível vermos uma surpresa como primeiro líder do Tour.
Por isso, como favoritos à etapa e ao primeiro Maillot Jaune:
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️Tadej Pogacar, Alaphilippe, Wout van Aert
⭐️⭐️⭐️⭐️Mathieu van der Poel, Pello Bilbao, Pidcock, Vingegaard
⭐️⭐️⭐️Rui Costa, Woods, Skjelmose, Ciccone, Martinez, Gaudu, Mohoric, Girmay
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