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7ª Etapa

A primeira etapa de montanha ‘a sério, dado que a etapa 4 era uma combinação de três subidas de 2ª categoria, e, o principal objetivo, era passar a Maglia Rosa a outro, e o ritmo não foi alto. Aqui teremos duas 2ª categoria e uma 1ª categoria para finalizar, sendo que, a última 2ª categoria é um pouco antes da 1ª categoria, o que vai, certamente, pesar nas pernas de alguns.

É, a nível de trajeto, uma das etapas mais importantes do Giro, a menos que não haja intenções, por parte de ninguém, de fazer mexer a corrida. Ora, mesmo que não queiram atacar, estes gradientes são adequados para a implementação de um ritmo alto o suficiente que desfaça as esperanças de algum concorrente.

Depois de um início relativamente plano, cerca de 67km, os ciclistas enfrentam uma subida, não categorizada, de 14km a 4,6% (Rionero Sannitico), seguida de uma descida e uma secção plana, iniciando, aí, a 2ª categoria de 7,3km a 6,1% (Roccaraso).

Até nova dificuldade, terão um longo planalto, com mais de 40km.

Por volta dos 171km, começa uma nova montanha de 2ª categoria com 13,5km a 6,1% (Calascio). A partir daqui é quase sempre a subir, com alguns planos e ligeiras descidas.

A última ascensão é de 1ª categoria com 26,5km a 3,4% (Gran Sasso D'Italia). Começa com 10km a 4%, seguido de um falso plano de 9km, sucedendo-lhe 3km a 4,1%. Os últimos 4,5km são a 8,2%, sendo que, a 1,5km da meta, a inclinação sobe a 13%.

A chegada está a 2123m acima do nível médio da água do mar, o que implicará um esforço muito superior. Há menos oxigénio disponível a estas altitudes, o que significa que os seus músculos receberão menos oxigénio, notando-se mais a fadiga e um rendimento menor.

Quanto a possibilidades, pode ser outra oportunidade para a fuga, mas o problema reside na sua formação. Isto é, com 70kms quase planos no início da etapa, os trepadores puros terão dificuldades a juntar-se à fuga, o que poderá favorecer híbridos como McNulty. O americano tem o perfil certo para esta etapa, pois, rola bem, importante para integrar a fuga no plano, e é também um bom trepador, com boa gestão de esforço e um sprint decente. Se calhar pode ficar afetado pela altitude a que se vai decidir a etapa, mas devia estar na decisão.

Em termos de candidatos a vencer a partir da fuga, temos McNulty, Konrad, Buitrago, Caicedo, Cepeda, Fortunato, Pinot, Taaramae, Rubio, Pozzovivo, Vanhoucke e Zana. Ciclistas como Mollema e Barguil têm mostrado algumas debilidades nas últimas épocas neste tipo de subidas, mas não é de descartar a hipótese de serem bem-sucedidos.

No pelotão, apesar da dificuldade, não se prevê grandes ataques, porventura cortes de uns segundos ou alguns favoritos a falhar, mas, em princípio, chegarão todos perto.

Esperamos que estejam com vontade de se testar uns aos outros, e as eventuais lesões e desconfortos que Evenepoel possa ter, e que aproveitem as condições do terreno que vão enfrentar. Há o rumor que o belga vai querer ganhar aqui com a camisola de campeão do mundo e, com isso, voltar à Maglia Rosa. Aliás, o cenário de termos novo líder é bastante provável, dado que a subida, se mexida, pode pesar em Leknessund, mas a liderança de uma Grande Volta dá asas, que o diga Almeida. Paret-Peintre deverá cair do pódio.

João Almeida vai gostar dos últimos 4km, pendentes elevadas e alta altitude, mas, nas pendentes mais baixas pode estar exposto, por não ser tão explosivo como alguns dos candidatos.

Se o grupo dos favoritos chegar junto, o enorme favorito é Roglic, com Remco a ter hipóteses, dado que é uma chegada em alto (no plano teria mais dificuldades), e Tao também terá fortes possibilidades de surpreender.


Favoritos:

⭐⭐⭐⭐⭐Roglic, Remco, Tao

⭐⭐⭐⭐Almeida, Vine, Pinot, Buitrago

⭐⭐⭐Vlasov, Thomas, Rubio, Fortunato, Cepeda, Carthy



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