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Critérium du Dauphiné

Esta prova, vista como um ‘mini Tour’ (tanto pelo percurso ser em França, como pelo tipo das etapas, e pela proximidade com o início da prova), tinha um conjunto de nomes de alto nível, tanto para a CG, como puncheurs e sprinters, como o atual detentor do troféu do Tour, Jonas Vingegaard, Egan Bernal, Jai Hindley, Ethan Hayter, Julian Alaphilippe, Christophe Laporte, Dylan Groenewegen e jovens talentos como o trio da DSM (Brenner, Poole e Onley), Tobias Johannessen, Lenny Martinez ou Ethan Vernon, entre muitos outros. Ivo Oliveira e Nelson Oliveira eram os dois portugueses presentes na competição, ambos com a função de proteger os seus líderes.


Etapa 1

Um trajeto acidentado, que viu as desistências de Hugo Page e Ethan Hayter durante o dia, seria indicador de um sprint de grupo, mas com opções reduzidas, onde se destacavam Laporte, Trentin, Zingle e Van Poppel.

Todavia, o pelotão não pressionou tanto como expectável e Rune Herregodts foi, a solo, tentar a sua sorte quando a fuga estava virtualmente alcançada.

Deu o máximo, mas acabou por ver os seus sonhos destruídos a uns meros 25m da meta, segurando, no entanto, o 3º lugar na jornada, sendo superado pelo francês da Jumbo-Visma e pelo italiano da UAE. Quanto aos favoritos da geral, nota para a perda de 15’’ por Enric Mas e 22’’ por Mikel Landa.



Etapa 2

Parecia um dia mais ‘fácil’ e propício a terminar ao sprint, o que se confirmou pelas presenças, no desfecho da etapa, de homens rápidos como Sam Bennett, contudo, na aproximação à meta, vimos Carapaz a lançar o seu sprint de longe, seguido, com facilidade, por Alaphilippe, assim como Tesfatsion e Laporte, embora, estes dois, com maior dificuldade. O antigo campeão do mundo venceu confortavelmente, celebrando bem antes da meta, ao seu estilo, e a luta pelos outros lugares do pódio ficaram para o equatoriano e eritreu, deixando o líder, Laporte, fora das bonificações.



Etapa 3

Uma etapa para os sprinters, nomeadamente, Bennett e Groenewegen, mas também Vernon e Mihkels.

O trabalho da Bora foi excecional, mas, Bennett, estava claramente em perda e desviou abruptamente a sua linha de sprint, o que motivou a mesma reação por Groenewegen, mas nenhum chegou perto do vencedor: Laporte, outra vez.

Um sprint muito bom do francês, batendo os dois velocistas puros, que fariam 2º e 3º inicialmente, mas, perante o sprint irregular, foram ambos relegados após decisão dos comissários.



Etapa 4

Um ITT longo, com dureza durante o percurso, indicava que Vingegaard era o favorito, tanto pela etapa como pela camisola amarela.

No entanto, houve uma surpresa (merecida, pelo trabalho que tem feito nos últimos dois anos), e foi o tricampeão mundial de ITT em sub23, Mikkel Bjerg, quem levou a etapa e a liderança da geral para o dia seguinte.

Jonas foi 2º e ganhou tempo aos rivais, mas, surpreendentemente, o melhor dos ‘outros’ foi Ben O’Connor, com um fantástico 5º lugar. Adam Yates também esteve bem, alcançando o 8º lugar.

De salutar a prestação do Nelson Oliveira (9º), noutra demonstração de consistência e qualidade.



Etapa 5

O primeiro dia com alterações na geral ‘a sério’, perante a dureza, mas, principalmente, pelo ataque de Carapaz, que só teve resposta de Vingegaard, que, entretanto, e sem querer, quebrou o campeão olímpico, que acabou por não ficar no grupo perseguidor, perdendo ainda mais tempo.

O dinamarquês venceu com uma margem confortável, com Alaphilippe e Tobias Halland Johannessen a levarem as bonificações restantes, com relativa facilidade perante o resto do grupo.



Etapa 6

Neste dia, houve vitória da fuga, por Zimmermann, depois de um dia sem grandes motivos de registo, exceto a perda de tempo de Carlos Rodriguez, Lenny Martinez, Landa e Gaudu, mas, últimos dois já tinham dado provas da sua má forma.



Etapa 7

Foi dia de CG, num percurso extremamente duro, onde, sem surpresa, Vingegaard arrasou a concorrência, e, excetuando este, havia uma luta intensa pelo pódio e pelo top10.

Yates foi o melhor do resto, com uma boa resposta dos australianos (em específico, Hindley e O’Connor, sendo que o líder da Bora utilizou uma curva para se distanciar do grupo onde estava, foi um pormenor interessante).

Lenny voltou a perder tempo, perante o grupo em que estavam os candidatos ao top10, assim como Bernal, Carapaz, Tobias, Alaphilippe, Mas, Ciccone, Gaudu e Landa.



Etapa 8

O dia final reservou muitas emoções, a começar pela fuga que tinha integrantes como Ciccone, Alaphilippe, Benoot e, a certo ponto, Nelson Oliveira.

Esta movimentação tornou o dia caótico, com um grande ritmo no pelotão, mas, a vitória residia na frente, cortesia de Ciccone, tem feito uma época de alto nível.

Mais do mesmo, no grupo dos favoritos, com Vingegaard a ganhar tempo, Yates a seguir, confirmando o seu 2º posto na CG final, e o interesse passava por ver qual dos australianos terminava no pódio. Superiorizou-se O’Connor, face a Hindley.

Como boas notícias, Alaphilippe conseguiu proteger o seu top10 (por apenas 6 segundos, precisamente, contra Ciccone), e pode ser sinal que está de volta, com uma vitória, ataques, fugas e, acima de tudo, aguentou-se na alta montanha, algo que não víamos há dois anos.

Guillaume Martin fez uma excelente etapa (5º) e foi bastante consistente ao longo da semana, resultando num 6º lugar. Meintjes alcançou o 7º lugar, outro ciclista que foi consistente durante a prova.

Nota para três australianos no top5, além dos mencionados, foi Haig a completar este trio de elite.

Torstein Traeen foi a surpresa, superando o seu líder (desiludiu na alta montanha) e sai daqui com o 8º lugar.

Carlos Rodriguez fez 9º, levou a juventude, mas foi muito inconstante. Contudo, teve uma queda no início da competição que poderá justificar essa forma. Na INEOS, Bernal continua a subir de forma, enquanto Martinez tende a não mostrar a consistência necessária para ser líder numa Grande Volta.

Max Poole foi um nome interessante, no decorrer da prova esteve sempre perto da frente, assim como Lenny, que oscilou entre o bom e o mau, mas, as grandes desilusões, são claras: Gaudu, Landa, Mas, Dani Martinez e Carapaz.

Soam os alarmes na aproximação ao Tour.




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