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4 Jours de Dunkerque / Grand Prix des Hauts de France

Na prova de 6 dias (sim, o título da corrida contradiz o número de etapas), tínhamos um percurso muito interessante, versátil e atrativo. A startlist indicava uma mistura entre experiência e juventude, mas muito talento, o que deixava em suspense as dinâmicas das equipas para as etapas mais difíceis.

Com duas etapas previstas ao sprint (1ª e 6ª), duas acidentadas, mas não inviáveis para sprinters (2ª e 4ª), um contrarrelógio individual (3ª) e uma mistura de pavêt e colinas (5ª), a classificação geral estava completamente em aberto.

Como principais ciclistas de interesse, seja para o sprint ou etapas mais duras ou CG, havia Arnaud de Lie e Brent Van Moer (Lotto Dstny), Greg Van Avermaet e Benoît Cosnefroy (AG2R Citroen Team), Lewis Askey, Romain Grégoire, Paul Penhoet e Samuel Watson (Groupama – FDJ), Benjamin Thomas, Victor Lafay e Max Walscheid (Cofidis), Gerben Thijssen (Intermarché-Circus-Wanty), Hugo Hofstetter e Daniel McLay (Team Arkéa Samsic), Peter Sagan e Anthony Turgis (TotalEnergies), Olav Kooij e Per Strand Hagenes (Jumbo-Visma), Tim Merlier, Kasper Asgreen e Ethan Vernon (Soudal – Quick Step), Cees Bol e Gleb Syritsa (Astana Qazaqstan Team), Milan Fretin (Team Flanders-Baloise) Matteo Malucelli e Luca Van Boven (Bingoal WB), Stanislaw Aniolkowski (Human Powered Health), Erlend Blikra e Anthon Charmig (Uno-X Pro Cycling Team), Aaron Gate (Bolton Equities Black Spoke), Rait Arm (Van Rysel-Roubaix Lille Métropole), Rudy Barbier (St Michel-Mavic-Auber93), Pierre Barbier (CIC U Nantes Atlantique), entre outros.


A primeira etapa, prevista ao sprint, teve apenas um pormenor de relevo, a queda dentro dos 500 metros finais, afetando De Lie, Syritsa, Turgis, e mais cinco ciclistas. De Lie, um dos maiores favoritos, teve de desistir por força das lesões que sofreu.

Na frente, Kooij batia os rivais com relativa facilidade, ficando Walscheid em 2º e Penhoet em 3º.


A segunda etapa tinha várias colinas ao longo do percurso, mas a chave estava num muro a 6km do fim, 600 metros a 9,8km, com pendentes acima dos 12% (Laon), de onde passavam para uma descida e um curto plano que antecedia a dificuldade restante, com 1,9km a 4,1%, que, não sendo o suficiente para eliminar sprinters, não era fácil seguir o ritmo de alguns puncheurs como Grégoire, Cosnefroy e Lafay.

Em Laon houve ataques, mas foram neutralizados pelas várias equipas, enquanto, na frente, a fuga persistia, só sendo anulada no último quilómetro, a cerca de 300 metros da meta.

Lafay, a partir do pelotão, atacou, dentro do quilómetro decisivo, colando nos fugitivos, enquanto Van Avermaet estava a puxar o pelotão de volta, mas o que destruiu as hipóteses do francês foi, surpreendentemente, outro francês da sua equipa, Benjamin Thomas, que fez o lançamento perfeito para quem ia na sua roda, Cosnefroy e, o prodígio, Romain Grégoire.

O jovem da FDJ apanhou toda a gente distraída e acelerou a fundo pela subida (foi impressionante, ‘à Alaphilippe’, como dizem as comparações), fazendo as curvas a alta velocidade e de forma perfeita, seguido pelo líder da AG2R, que teve de se contentar com o 3º lugar, ao não ter a mudança extra que o seu conterrâneo mostrou ter nesta etapa. Em 2º, surgiu Vernon (tem mostrado apetência para este tipo de finais, apesar de ser um sprinter puro), que segurou bem a roda de Cosnefroy e utilizou o seu sprint superior para o ultrapassar junto à meta.

Sagan deu um ar de sua graça, o que é entusiasmante para qualquer adepto de ciclismo, fazendo 4º, com uma bela recuperação.

Kooij, o líder da corrida, chegou no grupo principal, mas não foi o suficiente para manter a liderança, contudo, também não foi o vencedor desta etapa a assumir esse papel, foi sim, surpreendentemente, para um homem da fuga, que bonificou durante o dia e não perdeu tempo no fim, Samuel Leroux (Van Rysel – Roubaix Lille Métropole).


A terceira etapa foi um ITT de 15,9km, relativamente plano, onde os favoritos eram Benjamin Thomas e Kasper Asgreen.

Não deixaram os louros por mãos alheias e fizeram 1º e 3º, respetivamente, intrometendo-se, surpreendentemente, Niklas Larsen (Uno-X).

O francês superou os concorrentes diretos por 9 e 14 segundos.

Na CG, o homem da Uno-X já estava a 1’24’’, ao ter perdido, o tempo em questão, na segunda etapa. Por isso, Thomas liderava com a dita distância sobre Asgreen, enquanto, Vernon, o sprinter polivalente, que lida bem com dificuldades e defende-se nos contrarrelógios mais curtos, assume o 3º posto na geral. Grégoire fez 10º na etapa e perdeu apenas uma posição na geral.

Os felizardos do dia foram Cees Bol, Sam Watson, Norman Leth, Van Moer e Sagan. Por outro lado, Consefroy, Van Avermaet, Turgis, Lafay e Walscheid, podiam ter tido um desempenho melhor, principalmente o alemão, que já no dia anterior tinha perdido tempo significativo, num percurso que lhe assenta bem.



No quarto dia de competição, chegada ao sprint, mas com o líder da geral, assim como outros, a ser apanhado nos cortes, perdeu 1’36’’ e Lafay 10’54’’. O vencedor foi Olav Kooij, seguido por Thijssen e Fretin.


A etapa rainha (5ª) prometia e cumpriu, embora o espetáculo só tenha ocorrido na última subida. Até lá, houve movimentações interessantes, mas sem efeito.

Sagan, à entrada dos 2,5km finais, estava bem posicionado, na frente, descaindo, depois, perante a aceleração nos paralelos por Oliver Naesen para o seu líder, Van Avermaet.

Romain Grégoire foi o primeiro a atacar (a 1,3km da meta), partindo o pelotão, com outro jovem talento, Per Strand Hagenes, que já tinha uma vitória como profissional na Ronde van Drenthe (e que triunfo, foi soberbo nesse dia).

O francês pressionou com força, para chegar à liderança da corrida, o duo ia depressa, mas o norueguês bateu o adversário ao sprint, conseguindo a sua segunda vitória como profissional. Grande resultado para outro ‘miúdo’, Alexis Renard, que sprintou para o 3º posto.

Grande exibição de dois dos ciclistas mais promissores do pelotão internacional.

Com isto, o francês garantiu uma vantagem de 13’’ sobre o segundo classificado, Asgreen (perdeu 14’’, além das bonificações).


O último dia, previa-se que terminasse ao sprint, e aconteceu, com vitória do campeão belga, Tim Merlier, sobre Blikra e Bol.


O pódio final ficou composto por Grégoire em 1º, Asgreen em 2º a 0’13’’ e Bol, por força das bonificações na última etapa, ficou em 3º a 0’15’’.



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